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Vendas externas da indústria crescem acima do patamar de 2019
15/06/2021
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No mês de maio, as exportações da Indústria de transformação do Estado do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,2 bilhão, um avanço de 57,1% ante maio de 2020 (US$ 774,6 mi). A fraca base de comparação explica grande parte do resultado, embora tenha sido o maior valor para o mês desde 2013, 15,0% superior a maio de 2019. No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 4,9 bilhões, um avanço de 26,1% na comparação interanual. Entretanto, com relação a 2019, a distância é de 4,2%.
A análise setorial mostra que, dos 24 segmentos da Indústria, 22 registraram avanço do valor exportado sobre maio de 2020. Além da base deprimida, o resultado é justificado pela disseminação do crescimento entre os principais setores da indústria, como Alimentos (+36,4%), Químicos (+62,6%), Celulose e papel (+126,0%), Máquinas e equipamentos (+96,5%), Couro e calçados (+105,5%), Produtos de metal (+51,9%) e Veículos automotores (+42,5%). A única exceção foi Tabaco: apresentou queda de 8,4%.
Ainda assim, o desempenho setorial no acumulado do ano em relação aos níveis de 2019 possui diferenças importantes. Entre os setores que já superaram esse patamar, destacam-se: Alimentos (+64,4%), Produtos de metal (+31,8%) e Máquinas e equipamentos (+12,9%). Por outro lado, entre aqueles que ainda estão em terreno negativo, estão Tabaco (-26,9%), Couro e calçados (-7,8%), Celulose e papel (-60,1%), Químicos (-22,3%) e Veículos automotores (-44,5%). Dessa forma, o processo de recuperação da demanda externa deve se completar conjuntamente com esses hiatos.
Quanto aos principais destinos do Estado, em comparação a maio de 2020, houve forte aumento dos embarques totais para a China (+50,9%). Apesar das baixas da indústria de Alimentos (-US$ 9,8 mi), as vendas de soja em grãos (+US$ 317,8 mi) garantiram esse avanço. As exportações totais para os Estados Unidos também aceleraram, 115,1%. Nesse caso, contribuíram: Coque e derivados do petróleo (+US$ 34,4 mi), Máquinas e equipamentos (+US$ 12,6 mi), Couro e calçados (+US$ 11,0 mi), Produtos de metal (+US$ 8,8 mi) e Veículos automotores (+US$ 7,0 milhões). Os embarques para a Argentina, por sua vez, cresceram 34,2%, em razão das altas de Químicos (+US$ 8,7 mi) e Veículos automotores (+US$ 5,5 mi).
Esperamos que a demanda reprimida, o forte crescimento na demanda pelo crescimento do PIB mundial, juntamente como Real desvalorizado, continuem contribuindo para o crescimento das exportações da indústria em 2021.
Fonte: FIERGS