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Transportes: Entidades descartam risco de nova greve
10/12/2018

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Transportes: Entidades descartam  risco de nova greve

A possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros após decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a aplicação de multas geradas pelo descumprimento da tabela de frete mínimo editada pela ANTT, é considerada remota por lideranças do agronegócio do Rio Grande do Sul e até mesmo pela Federação dos Caminhoneiros Autônomos (Fecam/RS).

O presidente da Aprosoja/RS, Luis Fernando Marasca Fucks, diz que o ato do ministro traz de volta o bom senso ao tentar corrigir consequências ocasionadas pela forma como o governo tentou resolver a greve ocorrida em maio deste ano. Fucks entende que mesmo que exista o risco de uma paralisação, esta não será bem vista pela sociedade e nem pelo novo governo. “O tabelamento não vai perdurar no governo de Jair Bolsonaro, que tem se manifestado, assim como os seus ministros, por uma economia liberal”, aposta.

Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS, garante que a medida tomada pelo ministro Fux tem todo o apoio da entidade, pois minimiza o impacto do tabelamento de preços que são regulados pela livre concorrência. “É uma decisão justa e não devemos ter medo de um movimento por parte dos caminhoneiros que têm ciência de que a partir de janeiro mudam o governo e as negociações”, afirma.

O presidente da Fecam/RS, André Costa, informa que a entidade ainda vai avaliar o impacto da decisão do ministro, em reuniões com os sindicatos que acontecem nos dias 13 e 14. Costa assegura que não há discussões sobre a reedição da greve. Segundo ele, o presidente eleito tem se mostrado aberto a ouvir a categoria e deve privilegiar as negociações antes de qualquer medida radical. O dirigente salientou, ainda, que a federação tem posição contrária às paralisações e que está respondendo judicialmente por efeitos do movimento deste ano nas cadeias do leite e dos suínos no Estado.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV