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Tendências 2021: setor de aves projeta crescimento e lucro com onda de maior consumo
29/12/2020
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O setor de produção de aves atendeu ao chamado do consumidor por uma proteína mais acessível durante a pandemia. Houve investimentos para a segurança dos trabalhadores e a produção não parou.
Em 2020, o crescimento geral deve ser de 4% em relação a 2019, chegando a 13,8 milhões de toneladas. “Cumprimos a missão de oferecer alimentação saudável”, ressalta Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Alfredo Lang, presidente da cooperativa C.Vale, sediada em Palotina (PR), explica que a pandemia mudou o perfil de consumo. “Tivemos de nos adaptar. As compras de cortes para restaurantes e bares diminuíram e aumentou a demanda por produtos destinados ao consumo doméstico.”
Outro efeito foi a adoção de protocolos sanitários para reduzir ao mínimo a contaminação nos frigoríficos. “Não podemos paralisar um sistema de integração que produz mais de 600 mil aves ao dia. Isso traria problemas econômicos, sociais e ambientais”, diz Alfredo Lang.
A ABPA projeta para 2021 um crescimento na produção de frangos no Brasil de aproximadamente 3%, ultrapassando a casa de 14 milhões de toneladas. De acordo com Ricardo Santin, há uma estimativa de aumentar também para as exportações em relação a 2020, entre 2% e 3%.
“A carne de frango vem em um crescimento consistente e vai se consolidar como a mais consumida no mundo. Nós, brasileiros, somos muito competitivos nessa cadeia. O momento é de otimismo, mas com moderação. Aconselhamos aos produtores que aproveitem a boa rentabilidade para reformas nos aviários e investimentos, sobretudo, em sanidade. Assim teremos um bom horizonte para além de 2021”, enfatiza Santin.
No Paraná, que é o maior exportador de frangos do Brasil, o casal de avicultores Evanildo e Leila Gioseler está otimista com o novo ano.
O fato de trabalhar em integração com a C.Vale, que tem poder de compra muito maior do que um criador independente, faz com que não sintam tanto os impactos dos aumentos dos preços dos insumos. “Se não custasse tanto, mais de R$ 1 milhão, pensaríamos até em fazer mais um aviário”, finaliza Evanildo.
Fonte: Globo Rural
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV