Um estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a adoção de medidas como a tabela de preços mínimos para o transporte de cargas no País reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 em R$ 7,2 bilhões. Além disso, o levantamento mostra que com o tabelamento, 203 mil postos de trabalho deixaram de ser criados.

Ainda segundo a pesquisa da CNI, sem a tabela, a inflação teria fechado o ano passado em patamar de 0,34 ponto inferior ao registrado, de forma que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teria sido de 3,41%, e não de 3,75%.

Desde a adoção da medida, o preço do frete arbitrado na tabela foi corrigido em 7,4 pontos percentuais acima do que seria a correção de mercado diante preço do diesel.

“A estimativa da CNI é conservadora e não leva em conta o impacto econômico da própria greve, que trouxe graves desarranjos à economia, com choque de oferta e desabastecimento de produtos às indústrias e ao consumidor. Também não considera o impacto causado pelo custo com administração e fiscalização derivado do tabelamento e da insegurança jurídica resultante das incertezas que se seguiram’’, destaca, em comunicado, a confederação.
Aumento do diesel também prejudicou economia

A mesma pesquisa, destaca, ainda, os impactos da variação nos preços do diesel para o resultado do PIB. A alta acumulada do combustível de 15,6% entre julho de 2017 e janeiro de 2019 provocou elevação de 0,73 ponto no IPCA e, ainda, que sem esse aumento de custos o PIB cresceria na casa de 0,20 ponto a mais, o equivalente a R$ 13,1 bilhões. Segundo o estudo, a alta no preço do diesel reduziu 368 mil empregos em 2018.

O estudo “Impacto Econômico da Tabela de Preço Mínimo do Frete Rodoviário” pode ser acessado clicando aqui.

Fonte: Universo Agro
Créditos da Imagem: Universo Agro