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Só cortes asseguram aumento da receita cambial do frango
16/11/2017
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Embora a diferença seja pequena, inferior a 1%, a carne de frango exportada pelo Brasil nos 10 primeiros meses de 2017 ainda não conseguiu chegar aos (pouco mais de) 3,630 milhões de toneladas de idêntico período de 2016. Assim, foi graças a uma valorização de 7,87% no preço médio do produto que a receita cambial registra aumento de 7,04%.
Forçoso destacar, no entanto, que a quase estabilidade no volume e o avanço na receita se devem, exclusivamente, aos cortes de frango. Que, nesses 10 meses, registraram incremento de 4,13% no volume, de 13,70% no preço médio e de 18,40% na receita cambial.
Os resultados, enfim, poderiam ser melhores não fosse o fraco desempenho até aqui do frango inteiro, o segundo principal item das exportações do setor. Fraco – explica-se – porque o frango inteiro registra queda de volume (-6,95%), queda no preço médio (-1,25%) e, por decorrência, queda na receita cambial (-8,12%).
Por sinal, análise anterior do AviSite (período janeiro-setembro) apontou que, além dos cortes, também o frango inteiro vinha registrando variação positiva no preço médio. A informação não corresponde à realidade, pois o resultado positivo se manteve até agosto, tornando-se negativo em setembro e outubro. Assim, o frango inteiro vem sendo, por ora, o único dos quatro itens exportados a registrar, no balanço do acumulado do ano, preço médio inferior ao de 2016.
Notar, a propósito, que a exemplo dos cortes, também os industrializados e a carne salgada vêm registrando variação positiva no preço médio. Porém, como acusam forte recuo no volume embarcado (quedas, respectivamente, de 8,77% e 18,33%), a receita cambial deles advinda permanece negativa. O que – repetindo – significa que apenas as cortes contribuem para o aumento da receita cambial do setor.
Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite