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Situação em frigoríficos do RS na pauta de reunião com ministra da Agricultura
11/05/2020
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Com a missão de tentar encontrar um ponto de equilíbrio, capaz de garantir, ao mesmo tempo, a saúde de trabalhadores e a produção de alimentos, o governo do Estado se reúne na segunda-feira (11) de tarde com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Participam do encontro virtual os secretários da Agricultura, Covatti Filho, da Saúde, Arita Bergmann, técnicos das pastas e representante da superintendência regional do ministério.
– A prioridade é sempre a proteção aos funcionários, mas também não podemos deixar fechar, até porque é um serviço essencial – diz Covatti Filho.
No sábado, o assunto já foi tratado em videoconferência com a presença do governador Eduardo Leite. Na ocasião, o debate envolveu, além dos titulares de quatro pastas, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa. Há urgência em encontrar uma solução para o impasse criado a partir do fechamento de unidades produtivas. Segundo a Secretaria Estadual da Agricultura, são quatro plantas com operação reduzida ou fechadas em razão de casos de covid-19 registrados entre funcionários. Está nessa lista o frigorífico da BRF em Lajeado, no Vale do Taquari, fechado por determinação da Justiça, a partir de solicitação do Ministério Público Estadual. E também o da JBS de Passo Fundo, no Norte, com paralisação determinada pela prefeitura e também pelo restabelecimento, via Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, da interdição solicitada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS).
No total, já foram firmados termo de ajustamento de conduta (TAC) com seis empresas. A principal falha verificada pelo MPT é a ausência de vigilância ativa, que pressupõe afastar trabalhador com suspeita de contaminação e rastrear as relações dele, para interromper a linha de transmissão do vírus.
Entidades do setor manifestam preocupação com o quadro de paralisação das atividades, alertando para risco de abastecimento de alimentos e de impactos ambientais – animais não abatidos precisam ter uma destinação. As indústrias já estariam buscando aterro sanitário.
Em nota, a JBS afirmou que, em razão da suspensão das atividades em Passo Fundo, onde processa 320 mil aves por dia, a partir desta semana, reduzirá os alojamentos de animais, conforme comunicado aos 600 integrados da região.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Lauro Alves / GaúchaZH