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Semanas decisivas para o trigo no RS
25/09/2017

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Semanas decisivas para o trigo no RS

O tamanho e a qualidade das lavouras de trigo cultivadas no Rio Grande do Sul serão definidos nas próximas duas semanas. As plantas estão entrando no período de florescimento, justamente quando se estabelecem a produtividade e as características da safra.

- Se tivermos condições de tempo favoráveis, sem excesso de chuva e calor, que provocam o aparecimento de fungos, o resultado poderá ser bom - estima Hamilton Jardim, presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Este foi um ano difícil para a principal cultura de inverno e, mesmo com a proximidade da colheita, ninguém arrisca dizer como será a produção. O início do ciclo foi marcado pelo excesso de chuva, que provocou atrasos na semeadura. Depois, foi a falta de precipitação que trouxe preocupação aos produtores. - Foi um ano sofrível. Mas agora, no final, a coisa não está tão ruim - avalia o agrônomo Alencar Rugeri, assistente técnico estadual da Emater.

Levantamento feito pelo órgão indica que o aspecto visual das lavouras melhorou devido ao clima e à aplicação de fungicidas. Ainda assim, o potencial produtivo segue abaixo do esperado, com espigas menores e densidade das plantas abaixo do ideal.

- Houve recuperação no trigo, mas não acredito que se tenha o mesmo potencial do ano passado. Isso se define muito nos últimos 45 dias do ciclo - opina Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS).

A entidade tem recomendado que, em caso de necessidade de dessecação da lavoura, sejam utilizados apenas produtos registrados para a cultura. Por enquanto, as projeções são de que o volume de trigo a ser colhido não seja maior do que 1,8 milhão de toneladas, dado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - ante 2,5 milhões de toneladas de 2016.

Outra recomendação é para não esperar. Assim que a plantação atingir o estágio de maturação, é hora de colher, ensina Rugeri, para evitar complicações.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV/SIPARGS