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Safra recorde de grãos melhora estoques do país
11/01/2017

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O clima melhorou, e a safra de grãos vai ser ainda maior. O crescimento ocorre devido à recuperação de produtividade, principalmente nos itens de maior peso nas lavouras brasileiras: soja, milho e arroz.

Juntos esses três produtos vão atingir 200 milhões de toneladas neste ano, 96% de toda a safra de verão, estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 207,2 milhões de toneladas.

Somado o volume de 8,1 milhões de toneladas previsto para a safra de inverno, a produção total brasileira deverá atingir 215,3 milhões de toneladas.

Se confirmado, será o maior volume colhido pelo país até então. A Conab inclui a safrinha de milho nos dados de verão e, por ora, repete a produção do ano passado para a safra de inverno, em que o trigo tem a maior importância: 6,7 milhões de toneladas.

A soja, líder nacional em produção, deve superar os 3.000 quilos por hectare. Com área de 33,8 milhões de hectares, a produção nacional da oleaginosa poderá atingir o recorde de 103,8 milhões de toneladas.

Esse volume já era previsto por várias consultorias privadas. Os dados de segunda-feira (9) da AgRural, por exemplo, já indicavam volume próximo desse.

Nos cálculos da AgRural, a produção nacional de soja ganha espaço devido à recuperação de duas sacas por hectare nos três Estados da região Sul. Essa alta compensou quedas na em Minas Gerais, Bahia e Goiás.

ESTOQUES

A produção total de milho do país deverá subir para 84,5 milhões de toneladas, 27% mais do que a do ano passado. Essa produção deverá garantir um estoque de passagem do final desta safra para a próxima de 12,9 milhões de toneladas.

O volume é um alívio para a indústria de carnes, que passou por um período complicado no abastecimento durante o segundo semestre do ano passado.

Nas contas da Conab, o país consome 56,1 milhões de toneladas de milho na safra 2016/17 e exporta outras 24 milhões.

O estoque de arroz sobe para 502 mil toneladas em final de safra, com evolução de 38% em relação ao do ano anterior. Já o de feijão vai a 212 mil toneladas, o maior volume em três anos.


Fonte: Folha de S. Paulo - Mauro Zafalon