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Safra de grãos em 2024 deve cair 2,8%, para 306,5 milhões de t, diz IBGE
11/01/2024
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País encerrou 2023 com colheita recorde de 315,4 milhões de toneladas
A safra brasileira de grãos encerrou 2023 com recorde de 315,4 milhões de toneladas em 2023, o maior volume de toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1975. O montante significa um aumento de 19,8% frente a 2022 ou 52,2 milhões de toneladas a mais.
Após o recorde, a colheita brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, no entanto, deve recuar 2,8% em 2024, para 306,5 milhões. Se confirmada essa previsão, serão 8,9 milhões de toneladas a menos.
Na comparação com o segundo prognóstico para 2024, a previsão atual do IBGE é 0,1% maior. A safra de 2024 deve registrar aumento na produção da soja (1,7% ou 2,6 milhões de toneladas), feijão (4,2% ou 123,1 mil toneladas), arroz (1,6% ou 162,2 mil toneladas) e trigo (33,0% ou 2,6 milhões de toneladas).
Por outro lado, há expectativa de recuo na produção do milho segunda safra (-12,8% ou -13,2 milhões de toneladas), milho primeira safra (-3,3% ou -924,8 mil toneladas), sorgo (-12,1% ou -519,6 mil toneladas) e o algodão herbáceo (-3,3% ou – 254,7 mil toneladas).
O IBGE estima que a área de produção avance para arroz em casca (4,9%), trigo (0,6%), algodão herbáceo em caroço (0,2%), feijão (4,0%) e soja (0,9%), enquanto registre retração em sorgo (-2,3%), milho 1ª safra (-5,0%) e milho 2ª safra (-4,3%).
Soja
Principal produto da safra brasileira, a soja deve registrar novo recorde de produção em 2024, com 154,5 milhões de toneladas, 1,7% mais que em 2023. O montante representa mais da metade da safra total de 306,5 milhões de toneladas previstas para o país este ano.
Segundo o IBGE, a terceira estimativa de produção para 2024 apresentou um prognóstico de 97,2% dos dados levantados em campo, com reajuste positivo de 1,3% na produção nacional, ante o estimado no segundo prognóstico.
Milho
No caso do milho, no entanto, o ano de 2024 deve ser de recuo: 116,9 milhões de toneladas, uma redução de 10,8% em relação a 2023 e de 1,4% frete ao prognóstico do mês anterior.
Para o milho primeira safra, a produção estimada foi de 26,8 milhões de toneladas, quedas de 6% em relação ao 2º prognóstico e de 3,3% em relação ao produzido em 2023. Para o milho segunda safra, foi estimada uma produção de 90,1 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação ao segundo prognóstico e representando recuo de 12,8% em relação ao ano de 2023.
Os dados apontam queda nas áreas plantadas e colhidas de 4,4% e 4,3%, respectivamente, e de 8,9% na produtividade.
Fonte: Globo Rural
Créditos da Imagem: Wenderson Araujo/CNA