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Safra de grãos é recorde, mas produtividade precisa crescer
13/02/2017

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Brasil e Estados Unidos divulgaram dados de grãos na última quinta-feira (9). A safra norte-americana, já colhida, não teve alterações. A brasileira, ainda em desenvolvimento, continua apontando para um volume ainda maior do que o previsto inicialmente.

Um dos destaques entre os dois países é a diferença de produtividade. Os americanos conseguem um desempenho bem melhor do que os brasileiros.

No Brasil, o volume produzido cresce constantemente, mesmo que a área utilizada tenha pouca alteração. Mas o caminho a ser percorrido para que o país atinja os patamares norte-americanos em alguns produtos é longo.

Um deles é o do milho. Na segunda safra do cereal no Brasil, a de maior produtividade, os produtores brasileiros retiram 5.310 quilos, em média, por hectare. Já os norte-americanos obtêm 10.958 quilos.

As condições climáticas tornam o país menos eficiente também no trigo, cuja produção média é de 2.667 quilos por hectare, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Os produtores dos Estados Unidos conseguem um volume 33% superior ao dos brasileiros.

Na soja, a diferença é menor, mas os norte-americanos obtêm 3.537 quilos por hectare, 370 mais que os brasileiros.

RECORDE

A safra brasileira de grãos poderá chegar a 219 milhões de toneladas neste ano, 33 milhões mais do que a anterior. Soja e milho garantem o recorde nacional de produção, informou a Conab nesta quinta-feira. O órgão governamental elevou a estimativa da produção brasileira de soja para 105,6 milhões de toneladas. A de milho subiu para 87,4 milhões.

Exportações - O Brasil deverá enviar 57,5 milhões de toneladas de soja para o exterior na safra 2016/17, segundo estimativas da Safras & Mercado. Se confirmado, esse valor supera em 10% o da safra anterior.

Demanda - A oferta total de soja no período deverá ser de 110 milhões de toneladas, 12% mais do que no período anterior. Já demanda é projetada em 102 milhões de toneladas pela Safras, 7% mais do que a anterior.

Fonte: Folha de S. Paulo | Autor: Mauro Zafalon