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Safra brasileira 2020/2021 deve crescer 6% ante 2019/2020
12/03/2021

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Safra brasileira 2020/2021 deve crescer 6% ante 2019/2020

A produção brasileira de grãos em 2020/2021 deve atingir novo recorde de 272,32 milhões de toneladas, representando aumento de 6% (ou 15,37 milhões de toneladas a mais) em comparação com o período anterior 2019/2020, quando a safra alcançou 256,95 milhões de toneladas. Os números fazem parte do sexto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (11).

Já em relação à estimativa realizada no mês passado, houve um aumento de 4 milhões de toneladas, graças principalmente ao crescimento de 6,7% na área de plantio do milho segunda safra. A pesquisa de campo foi realizada na última semana de fevereiro, informa a Conab, em comunicado.

A previsão para o milho é de uma produção total recorde, com a possibilidade de superar em 5,4% a safra 2019/2020 e atingir mais de 108,07 milhões de toneladas ante 102,52 milhões de toneladas em 2019/2020. O volume histórico deve-se à participação assim distribuída: 23,5 milhões de toneladas na primeira safra (queda de 8,6% ante o período anterior, que foi de 25,69 milhões de toneladas), 82,8 milhões na segunda (aumento de 10,3% ante 2019/2020, que atingiu 75,05 milhões de toneladas) e 1,8 milhão na terceira safra (volume estável ante a safra passada).

No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, há possibilidade de crescer 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares. A produção deve aumentar 8,2%, saindo de 124,84 milhões de t em 2019/2020 para 135,13 milhões de toneladas.

Já para o arroz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 10,97 milhões de toneladas ante 11,18 milhões de toneladas. Pouco mais de 10 milhões de toneladas são colhidas em cultivo irrigado e 900 mil em sequeiro.

A área de plantio apresenta um aumento de 3,6% sobre a da safra anterior, estimada atualmente em 68,3 milhões de hectares. Após a colheita, principalmente da soja e do milho primeira safra, são plantadas as lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno em sucessão, que totalizam cerca de 20 milhões de hectares.

Com relação ao mercado, no caso do milho, os embarques continuam lentos, com previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, praticamente igual ao que foi observado para a safra 2019/2020.

Para a soja, estima-se a venda externa de 86,1 milhões de toneladas, com aumento de 3,7% em relação ao último ano. Caso se confirme, será um recorde da série histórica.

Já para o arroz, as exportações em fevereiro estão em ritmo menor, comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, houve queda de 56% no volume exportado, ocasionada pelo menor nível de estoques em dezembro e baixa disponibilidade do produto no início deste ano.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: ALEXANDRO AULER/JC