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RS vê com preocupação casos de influenza aviária no Uruguai e na Argentina e reforça medidas preventivas
16/02/2023

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RS vê com preocupação casos de influenza aviária no Uruguai e na Argentina e reforça medidas preventivas

Doença pode prejudicar exportações de carne de frango do Estado, que é o terceiro maior produtor e exportador do Brasil

A notícia do primeiro caso de gripe aviária confirmado no Uruguai foi recebida com preocupação no Rio Grande do Sul. Horas depois, outro caso foi confirmado pela Argentina. Mais do que fazer fronteira com os dois país, o Estado é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. Caso a doença se confirme em território gaúcho, esse poderá ser mais um peso, juntamente com a estiagem, na economia local.

Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo Santos lembra, no entanto, que medidas de biosseguridade têm sido tomadas no Rio Grande do Sul e Brasil para conter a entrada e o eventual avanço da doença em território nacional — até então, nunca registrada no país.

— A gente recebe com preocupação, lógico, pela proximidade com o Brasil, o Rio Grande do Sul. Mas, ao mesmo tempo, a influenza aviária vem acontecendo há uma década ou mais. E o setor tem trabalhado com medidas para proteger os plantéis. Nós temos participado de grupos estratégicos de enfrentamento de crise na iniciativa privada para isso — afirma Santos.

Em nota publicada nesta quarta-feira (15) em razão do registro no Uruguai, a Asgav cita exemplos dessas medidas:

“Ainda, informamos que os protocolos de biosseguridade brasileiros seguem medidas rigorosas, através da proibição total de entrada de visitantes às granjas, entre outros cuidados sanitários já adotados, como controle total do fluxo de aves, controle de qualidade de rações e água, desinfecção de veículos que necessitam acessar os núcleos, trocas de roupas e sapatos, reforço às proteções dos galpões, à exemplo de controle e manutenção de telas e passarinheiras a fim de evitar a entrada de aves migratórias nos galpões, dentre outras medidas”.

Santos também afirma que, na Reserva Ecológica do Taim, local de passagem de aves migratórias, possíveis transmissoras do vírus, o serviço oficial reforçou cuidados e está acompanhando a movimentação de perto. A ideia é, caso se detecte algo, que o animal silvestre fique restrito à região, para que a doença não se espalhe e chegue aos plantéis comerciais.

Caso seja registrada nos aviários, a exportação brasileira poderá sofrer bloqueios temporários, apesar da restrição de comercialização ser dirigida apenas à região com foco.

A gripe aviária é uma doença causada por um vírus e é altamente contagiosa. Contamina aves e pode ser transmitido para pessoas, mas os casos são esporádicos. Nas aves, os sintomas são tosse, espirro, corrimento nasal, fraqueza, pneunomia, dificuldade de locomoção e hemorragia nos músculos.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV