A decisão do Paraná de adotar emergência zoossanitária em razão da gripe aviária pode fazer com que o RS considere o mesmo passo, em uma espécie de coesão do Sul - Santa Catarina está com a medida desde a semana passada. Ao explicar o decreto, o secretário de Agricultura do Paraná, Noberto Ortigara, frisou que "essa é uma medida protetiva", com o intuito de dar celeridade a processos, se necessário, já que não existem casos em aves domésticas ou comerciais naquele Estado. Situação semelhante à do território gaúcho.

O Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango do país. O Estado teve sete casos em aves silvestres migratórias, não havendo alteração no status de livre da doença, esclareceu a secretaria, em nota. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), todos os focos já foram declarados encerrados pelo ministério.

A orientação pelo decreto estadual de emergência - existe um de abrangência nacional desde maio - partiu do próprio Ministério da Agricultura, na última semana, por conta de dois casos de influenza aviária em animais de subsistência no Espírito Santo e em SC.

Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins e Mato Grosso do Sul completavam, até o final da tarde de ontem, os Estados com decretos de emergência.

A Secretaria de Agricultura do RS informou ontem, por meio de nota, que "segue conversando e avaliando a posição que vai tomar e os impactos da medida". Acrescentou que "o Estado não registra foco na avicultura comercial e nem nas aves de subsistência".

Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos diz que justamente por isso o assunto tem sido trabalhado com cautela:

- O decreto seria nessa linha para fortalecer uma ação de prevenção.

Dados do monitor do Ministério da Agricultura apontavam, até ontem, 68 focos da gripe aviária no país, sendo 66 envolvendo aves silvestres e, dois, em domésticas. Foram realizadas 1.591 investigações de suspeita de síndrome respiratória e nervosa das aves (que inclui a influenza) e coletadas 353 amostras. Havia sete investigações em andamento.

Fonte: Zero Hora
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