Das 10,9 milhões/t de carne de frango produzidas em abatedouros inspecionados entre janeiro e setembro de 2021, pouco mais de 70% permaneceram no mercado interno, alcançando volume 6,63% maior que o do mesmo período de 2020.

Para chegar a essa conclusão, o AviSite confrontou os dados do IBGE relativos ao abate de frangos em estabelecimentos inspecionados com aqueles da SECEX/MDIC, relativos à exportação do produto in natura. A base para esse confronto foi o fato de que todo frango exportado passa, obrigatoriamente, por inspeção sanitária – na exportação, a federal (SIF).

A constatação é a de que, frente a aumentos de 7,02% na produção e de, praticamente, 8% na exportação, o volume disponibilizado para o mercado interno apresentou crescimento substancialmente superior ao do crescimento vegetativo da população, pois foi 6,63% superior ao registrado entre janeiro e setembro de 2020. Considerada a população divulgada pelo IBGE (213,3 milhões em 1º de julho), isso correspondeu a uma disponibilidade média, anualizada, de mais de 48 kg per capita de carne de frango.

Notar que, nesses 12 meses, em apenas duas ocasiões o volume disponibilizado internamente foi inferior ao registrado em idêntico período de 2020: em julho e em setembro, meses em que foram observadas quedas anuais de 1,85% e de 3,81%.

Em setembro, por sinal, ocorreu também a menor disponibilidade – não apenas desses 12 meses, mas em 15 meses. Com certeza não por coincidência, nesse mês o frango abatido alcançou, no mercado interno, o maior valor da história.

Não custa lembrar que a produção levantada pelo IBGE abrange apenas a carne de frango proveniente de abatedouros sob inspeção. Por isso, os volumes produzidos e o disponibilizados internamente são maiores que os apontados na tabela. Assim, supondo-se que as inspeções abranjam 95% da produção total, a disponibilidade interna nos primeiros nove meses deste ano ultrapassou os 50 kg per capita/ano.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite