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Redução de 6,5% nas exportações de frango do RS foi causada principalmente por caso ocorrido no Vale do Taquari!
10/01/2025
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No dia 17 de julho de 2024, o Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou um foco da doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento avícola de Anta Gorda, no Vale do Taquari. O vírus afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios seguidos por manifestações nervosas. Em humanos, a DNC pode causar conjuntivite transitória. Desde então, tanto o Mapa quanto a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), tomaram diversas medidas de segurança. Mesmo assim, o problema gerou impacto nas exportações de carne de frango, que se refletem ainda em 2025. No ano passado, a redução das exportações do Estado foi de 6,5%. Países compradores como China e Chile ainda não derrubaram o embargo ao Rio Grande do Sul.
O presidente-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, concedeu entrevista ao programa Redação no Ar desta quinta-feira (9) e afirmou que a expectativa é que ainda no primeiro trimestre de 2025, esses países voltem a comprar frango do RS. A China já recebeu todas as garantias do governo brasileiro quanto às medidas de segurança sanitária. O Chile deve enviar uma missão para avaliar a situação dos estabelecimentos produtores. No fim do ano passado, o México derrubou o embargo e retomou a compra de frango do Estado.
Mesmo com a perspectiva otimista, os prejuízos nas exportações em 2024 chegaram a US$ 180 milhões, o que corresponde a 48 mil toneladas. “Infelizmente o caso de Newcastle nos tirou do eixo, nos tirou esta estimativa, nos tirou esta perspectiva”, lamentou Santos. O presidente-executivo da Asgav citou que apenas uma situação repercutiu de forma negativa para todo o setor. “O que esse caso único gerou de dano para a nossa avicultura, para a nossa economia, para o setor como um todo”, reforçou.
Além dos prejuízos na exportação, o volume que deixou de sair do Estado precisou ser absorvido pelo consumidor local. “A partir do momento em que os volumes ficam represados, eles acabam vindo para o mercado interno e acabam afetando também aqueles que não exportam”, considerou. O consumo aquecido no fim do ano passado e o pequeno recuo da produção amenizaram os impactos.
Fonte: Grupo Independente
Créditos da Imagem: Gilson Lussani