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Receita de exportação de ovos cresce 141,6% no Rio Grande do Sul em 2022
16/09/2022
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As exportações de ovos do Rio Grande do Sul registraram crescimento expressivo no acumulado do ano (de janeiro a agosto), alcançando aumento de 60,9% no volume enviado ao mercado internacional, passando de 1 mil toneladas no mesmo período em 2021 para 1,6 mil toneladas em 2022.
O salto na receita foi ainda maior. O faturamento manteve o ritmo e chegou a 141,6% de elevação, saltando de US$ 2,3 milhões até agosto de 2021 para US$ 5,7 milhões somados os primeiros oito meses deste ano.
O volume de ovos vendidos para o exterior também subiu em agosto, alcançando 241,9 toneladas, 35,5% acima das 178,5 toneladas embarcadas no mesmo mês de 2021. Na receita, o crescimento passou de US$ 483,5 mil há 12 meses, para US$ 791,4 mil neste agosto, avanço de 63,7% na comparação entre os dois períodos.
Os números nacionais também mostram importante crescimento da indústria brasileira de ovos. Levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostra que a receita das exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto US$ 1,499 milhão de dólares. O resultado é 20,5% superior ao registrado no mesmo período de 2021, quando obteve US$ 1,243 milhão de dólares.
Em volume, as vendas brasileiras de ovos ao mercado externo alcançaram 446 toneladas no oitavo mês deste ano, desempenho 21,5% menor que o alcançado em 2021, quando o país exportou 568 toneladas.
No acumulado de janeiro a agosto, as receitas brasileiras totalizaram US$ 16,270 milhões, valor 61,7% maior que o efetivado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados US$ 10,060 milhões.
Em volume, a alta acumulada é de 13,5% nos oito primeiros meses deste ano, com 7,583 mil toneladas em 2022, contra 6,678 mil toneladas em 2021.
Os Emirados Árabes Unidos seguem como principais destinos das exportações brasileiras de ovos, com 4,332 mil toneladas entre janeiro e agosto, volume 2,2% superior ao efetivado em 2021, com 4,231 mil toneladas. Em segundo lugar, o Japão, maior consumidor global da proteína, foi destino de 728 toneladas no mesmo período, número 40,9% maior que o volume embarcado em 2021, com 517 toneladas.
“Há indicativos de que, pela primeira vez na história, deveremos fechar este ano com embarques equivalentes a 1% da produção total brasileira, um marco importante para o setor que vem crescendo de forma sustentável, com vendas para a Ásia e Oriente Médio”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O panorama auspicioso retrata a conjunção de fatores, segundo avalia a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). “O resultado das exportações avícolas, além do empreendedorismo do setor, muito se deve ao status sanitário do Brasil, a toda união de esforços do setor produtivo para o fortalecimento da biosseguridade e a atuação dos órgãos oficiais nos programas de defesa sanitária”, observa o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos.
Segundo ele, um conjunto de fatores externos favorecem o Brasil como importante fornecedor de proteína para o mundo neste momento. “Aumento acentuado se dá por tudo o que vem acontecendo no mundo. A crise na Europa com Ucrânia e Rússia têm tumultuado o mercado e inflacionado a produção de alguns países. Outro fator é a influenza aviária. Tenho conversado com alguns representantes de países europeus e eles estão bem preocupados porque não conseguem erradicar a doença. Tudo isso vem favorecendo que o Brasil tenha mais espaço em vários mercados”, aponta Santos.
Carne de frango gaúcha tem alta de 32% em vendas externas no acumulado do ano
As exportações de carne de frango (processada e in natura) do Rio Grande do Sul registraram crescimento no acumulado do ano (de janeiro a agosto), um aumento de 9,4% no período, alcançando 505,6 mil toneladas exportadas neste ano contra 462 mil toneladas enviadas no mesmo período de 2021.
A tendência altista também atingiu o faturamento do ciclo, alcançando US$ 996 milhões neste ano, 32% a mais que o valor de US$ 754,7 milhões obtidos na mesma época no ano passado.
O mês de agosto do corrente ano apresentou 25,2% de alta nas exportações de carne de frango (processada e in natura) comparadas ao mesmo mês de 2021, passando de 50,8 mil toneladas enviadas no ano passado para 63,7 mil toneladas embarcadas ao mercado internacional neste ano. O acréscimo foi verificado também na receita, obtendo US$ 127,1 milhões neste ano, 39,8% acima do faturamento obtido em agosto de 2021, que fechou em US$ 90,9 milhões.
Presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos pondera que, apesar do crescimento das exportações, os custos de produção continuam pressionando o setor e a tendência “é uma oferta ajustada no mercado interno, caso esta situação persista”.
No cenário nacional, as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 3,2 milhões de toneladas no acumulado de 2022, volume 7,1% maior que as 3 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no ano passado. No faturamento, o crescimento foi de 33,7%, passando de US$ 4,8 bilhões obtidos de janeiro a agosto de 2021 para US$ 6,5 bilhões recebidos neste ano.
Agosto terminou com aumento nas vendas de carne de frango ao exterior, alcançando 437,8 mil toneladas em 2022, crescimento de 15,3% sob as 379,8 mil toneladas exportadas pelo País há 12 meses. A receita obtida no período cresceu 36,1%, obtendo US$ 922,1 milhões em agosto deste ano, em comparação com o faturamento de US$ 677,3 milhões recebidos no mesmo mês do ano passado.
Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: ABPA/DIVULGAÇÃO/JC