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Que fatores fizeram o apetite mundial pela carne de frango brasileira crescer
08/04/2022

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Que fatores fizeram o apetite mundial pela carne de frango brasileira crescer

Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram crescimento em volume e receita com os embarques no primeiro trimestre deste ano

Dois fatores globais têm reforçado a posição de liderança do Brasil nos embarques de frango para suprir o apetite do mercado. O resultado é um primeiro trimestre de aumento nos negócios com os principais compradores, apontam dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De janeiro a março, as exportações brasileiras de frango somaram 1,14 milhão de toneladas, 10,2% a mais do que em igual período de 2021. Em receita, o crescimento foi de 31,5%, com US$ 2,05 bilhões.

O registro de focos de influenza aviária em países que são grandes produtores e exportadores da proteína é uma das razões para o aumento da demanda pelo produto brasileiro.

— Neste contexto, o fato de nunca ter registrado a enfermidade no território se torna vantagem competitiva para o Brasil, que tem utilizado o bom fluxo das exportações para compensar as perdas geradas pelas altas históricas nos custos de produção — avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Outro fator que tem mexido com o mercado internacional é a guerra entre Rússia e Ucrânia.

— Em um momento de escassez de oferta internacional, o Brasil se reafirma ainda mais como porto seguro para os mais de 140 países que compram a nossa proteína. Prova disso é que praticamente todos os principais destinos de exportação brasileira de carne de frango registraram significativa elevação nas importações, com a China como principal destaque — afirma Luis Rua, diretor de Mercados da ABPA.

Os resultados do primeiro trimestre deste ano foram positivos (veja abaixo).

Embarques do primeiro trimestre

  • A China voltou, em março, a ser o principal destino de vendas de frango, com 60,3 mil toneladas, volume 8,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Na sequência dos principais mercados estão o Japão (2° lugar), com 39,1 mil toneladas (+10,6%); Emirados Árabes Unidos (3° lugar), com 36,1 mil toneladas (+59,6%); África do Sul (4° lugar), com 33,3 mil toneladas (+11,3%); e México (5° lugar), com 29,2 mil toneladas (+301,9%).

  • O Rio Grande do Sul embarcou, no primeiro trimestre de 2022, 173,17 mil toneladas, aumento de 7,01 % sobre igual período de 2021. Em valor, foram US$ 313,82 milhões, 23,54% a mais, em igual comparação.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: ABPA / Divulgação