Depois de ter registrado números negativos no ano passado, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projetou retomada do crescimento das exportações de carne suína e de frango em 2019. Em relação a 2018, quando foram comercializadas 646 mil toneladas, os embarques de carne suína poderão ter alta de 12%. No caso das aves, o aumento esperado é de 4% a 5% em relação ao total de 4,1 milhões de toneladas. Divulgadas ontem pela entidade, as projeções levam em conta a demanda internacional, sobretudo da Ásia, prejudicada pela presença da peste suína africana, que provocou redução de 30% no rebanho chinês.

Para o presidente da ABPA, Francisco Turra, as projeções são até conservadoras, já que os números somados de janeiro a julho deste ano superaram a previsão. No período, os embarques de carne suína totalizaram 414,4 mil toneladas – 115 mil somente para a China –, volume 19,6% superior ao dos mesmos sete meses em 2018, enquanto que as vendas de carne de frango cresceram de 5,8%, somando 2,43 milhões de toneladas. Além da demanda asiática, houve influência da reabertura da Rússia para carne suína e forte retomada dos embarques de frango para a União Europeia.

Turra avalia que os números só não foram maiores porque há Turra avalia que os números só não foram maiores porque há uma limitação na produção brasileira, como consequência da crise econômica vivida nos últimos três anos. Segundo a ABPA, a produção nacional de carne suína aumentará entre 1% e 2,5% e a de frango 1% em 2019.

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips/RS), Rogério Kerber, concorda com as projeções otimistas por entender que no segundo semestre a China continuará muito efetiva nas compras. O diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo Santos, diz que o setor já tem pedidos do mercado chinês para entrega daqui a um ano. Revela ainda que há expectativa de que mais dois frigoríficos gaúchos, de Nova Araçá e Miraguaí, sejam credenciados pelo Ministério da Agricultura para posterior habilitação pela China.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV