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Projeção de exportações de carne de frango cai após caso de Doença de Newcastle
02/08/2024

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ABPA ainda prevê um recorde para os embarques este ano

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revisou para baixo as sua projeção para as exportações de carne de frango em 2024 diante os impactos da Doença de Newcastle, mas ainda prevendo um recorde para os embarques este ano.

A nova previsão é de o Brasil exporte até 5,25 milhões de toneladas este ano, com crescimento de 2,2% em relação a 2023. Em dezembro deste ano, a expectativa era de que esse resultado alcançasse até 5,3 milhões de toneladas.

Se confirmada a projeção deste ano, as exportações brasileiras baterão recorde mesmo após a suspensão dos embarques para 44 mercados diferentes devido à notificação de um caso de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.

De todos os bloqueios, apenas dez continuam válidos, sendo seis restritos à produção do Rio Grande do Sul (Arábia Saudita, Chile, Rússia, Peru, Uruguai e Bolívia). Por outro lado, China, Argentina, México e Macedônia do Norte seguem sem comprar carne de frango do Brasil seja ela de qual origem for.

De acordo o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, os cortes de frango que possuem maior relevância no peso total do animal (peito, coxa e sobrecoxa) tiveram pouca ou nenhuma restrição em seus principais mercados de destino, o que garante o bom resultado em volume até o final deste ano.

“No caso da perna, basicamente a gente não tem nenhum mercado com restrição. Então essa coxa fatalmente vai ser redirecionada para outros destinos. E no peito, dos três grandes destinos, dois deles (União Europeia e Golfo), não temos nenhum tipo de restrição”, detalhou o executivo.

Outra expectativa positiva do setor é com a possível regionalização da suspensão por parte da China, principal destino das exportações brasileiras com 11% do total embarcado no primeiro semestre, e México, destino de 3% desse volume.

Se isso ocorrer, a estimativa do presidente da ABPA, Ricardo Santin, é de que o impacto nas exportações, hoje estimado em 50 mil toneladas, fique abaixo de 15 mil toneladas. “Os volumes acabam sendo positivamente administrados. Claro que há perdas, mas o mais importante é que a gente conseguiu em 20 dias ter a grande maioria dos mercados retomados”, comemorou Santin.

Fonte: ABPA