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Produção e emprego em alta no início do segundo semestre
29/08/2022

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Produção e emprego em alta no início do segundo semestre

O cenário descrito pelos empresários na Sondagem Industrial do RS de julho, realizada pela FIERGS, mostrou a 3ª alta seguida da produção e a 25ª do emprego, revelando, porém, excesso de estoques. Os resultados sinalizaram ainda maior demanda, emprego e investimentos nos próximos meses.
O índice de produção industrial ficou em 51,9 pontos em julho, sendo que, quando acima de 50 (o índice varia de 0 a 100), indica crescimento da produção ante o mês anterior. Essa foi a terceira alta seguida da produção, mantendo a intensidade dos dois meses anteriores e da prevista pela sazonalidade.
Com o índice em 51,4 pontos, o emprego continua a se expandir, registrando o 25º crescimento seguido – novo recorde – e contrariando, mais uma vez, a sazonalidade negativa (48,0 pontos) do período.
Em que pese a queda de 1 p.p. em relação a junho, a indústria gaúcha operou em julho com um nível de utilização de capacidade (UCI) acima da média histórica do mês, 72,0% ante 69,5%, respectivamente. Os empresários gaúchos, porém, o consideraram abaixo do normal, como mostrou o índice de UCI em relação a usual, que registrou 47,7 pontos em julho, valor inferior a 50 – marca que indica o patamar usual.
A Sondagem revelou também que as empresas ainda encontram dificuldades para ajustar os estoques de produtos finais ao nível planejado. O índice de estoques em relação ao planejado atingiu 51,6 pontos. Nesse caso, o valor acima de 50 representa acúmulo indesejado. A indústria gaúcha tem excesso de estoques desde outubro passado.
Numa escala de 0 a 100 pontos, em que os 50 separam o otimismo do pessimismo, os índices de expectativas para os próximos seis meses seguem no campo positivo, mostrando que os empresários gaúchos preveem expansão, sobretudo, para a demanda, cujo índice subiu 2,3 pontos, atingindo 60,3 em agosto. Com a maior demanda prevista, projetam também aumentar as compras de matérias-primas (56,7 pontos em agosto, +0,3 ante julho) e o emprego (53,9 pontos, +0,3). Já o índice das exportações caiu de 54,3 em julho para 53,7 pontos em agosto, mas seguiu indicando aumento.
Por fim, o índice de intenção de investir subiu 3,2 pontos ante julho e atingiu 59,4 pontos em agosto, ficando bem acima da média histórica (51,0), o que denota uma intenção elevada. Esse índice varia de 0 a 100 e quanto mais alto, maior é a propensão de investir das empresas. Em agosto, o percentual de empresas dispostas a investir nos próximos seis meses aumentou para 65,8% (eram 59,4% em julho).

Fonte: Fiergs
Créditos da Imagem: Freepik