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Práticas de ESG no agronegócio são tema do 13º Fórum virtual da avicultura gaúcha
27/05/2021
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Evento reuniu lideranças de entidades estaduais e nacionais do setor, políticos, empresários e avicultores
Com o tema “Caminhos para o agronegócio”, o XIII Fórum Virtual Asgav/Sipargs, reuniu virtualmente lideranças de entidades do setor produtivo, associados, políticos, empresários e avicultores no dia 27 de maio para abordar os benefícios da adoção de padrões de boas práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance) a fim de atingir melhores resultados futuros. O evento, que foi promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e pelo Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), entidades que integram a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul, teve mais de 40 participantes que acompanharam a palestra “A importância da agenda ESG no agronegócio e a governança como alavanca do crescimento”, ministrada pelo sócio da PwC Brasil, Jerri Ribeiro, e pelo gerente sênior, Fábio Pereira. Ambos apresentaram a valorização do sistema ESG, que se refere à adoção de critérios ambientais, sociais e de governança. O termo tem feito cada vez mais parte da agenda estratégica de companhias de diferentes setores como base para a tomada de decisões financeiras e de investimentos.
Na sua explanação, Ribeiro salientou os impactos do modelo ESG na força de trabalho e as principais estratégias que devem ser aplicadas pelos líderes do agronegócio. “Prevemos cerca de 40% de investimento na produtividade por meio da automação e da tecnologia”, projeta. Ele ainda acrescentou que esse foco deve incorporar a qualificação e a reputação, fatores que denotam empregadores socialmente responsáveis.
Pereira destacou que é necessária uma aderência consistente aos processos, que são definidos conforme a natureza da atividade. “Dessa forma, a empresa aumenta o nível de segurança e transparência no mercado”, enfatiza.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, elogiou a Asgav pela iniciativa em trazer para a pauta um assunto de interesse para o setor. “ O sistema ESG é importante para aprimorar as cadeias da avicultura e da suinocultura, que já seguem os preceitos de sustentabilidade”, assinala.
O presidente do conselho consultivo da ABPA, Francisco Turra, aproveitou para abordar o problema dos baixos estoques de milho, principal grão usado na produção de ração animal, e que foi um dos incentivos para o projeto Duas Safras,o qual trabalha estratégias para diversificar a oferta de alimentação animal no Rio Grande do Sul e que já está em andamento junto à Embrapa e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) .“A safra de verão tem 8 milhões de hectares entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina e a safra de inverno é de 1,2 milhões de hectares, então temos que investir mais nas culturas de inverno”, reforça.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, reforçou que o panorama de estagnação em que vive a avicultura e a suinocultura gaúcha e catarinense, em decorrência da escassez de milho, exige engajamento máximo. “Deve faltar entre 7 milhões e 8 milhões de toneladas do cereal”, acredita. O dirigente ainda mencionou que o milho argentino e o americano estão mais caros do que o nacional, o que evidencia que falta milho no mundo inteiro.
A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) na Superintendência Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA-RS), Taís Oltramari Barnasque,que na ocasião representou a SFA-RS, esclareceu que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem firmado compromissos internacionais nas práticas de energia renovável, produção sustentável e, em especial, compromisso na redução de antimicrobianos na produção animal. “ Precisamos dar mais visibilidade às práticas do agro brasileiro para desmistificar a imagem negativa em relação ao ESG que os mercados competitivos divulgam”, reitera.
O presidente-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, relatou que a entidade segue atenta às tecnologias que otimizam o gerenciamento de dados para agilizar o trabalho de todas as frentes que atuam no setor. Santos também enfatizou o trabalho forte que a entidade vem fazendo para resolver a questão da pouca disponibilidade de milho, o que tem elevado a cotação dos grãos a preços estratosféricos. “Entendemos que esse mecanismo também nos orienta nesta situação, já que o setor deve estar atualizado da melhor forma que nos coloque no mesmo nível de igualdade de gerenciamento com previsão para sermos cada vez mais competitivos”, reforça.
Fonte: Comunicação – O.A.RS
Texto: Taís Teixeira - Jornalista
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