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Plantio do trigo chega ao final dentro do prazo no Rio Grande do Sul
31/07/2017

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Plantio do trigo chega ao final dentro do prazo no Rio Grande do Sul

O plantio do trigo está praticamente concluído no Rio Grande do Sul, dentro da época recomendada pelo zoneamento agroclimático, apesar dos contratempos enfrentados pelos triticultores, devido déficit hídrico.

Segundo o informativo semanal da Emater/RS-Ascar, órgão de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho, a grande maioria das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, sendo que no Norte e Noroeste do Estado, junto ao rio Uruguai, 1% delas se encontra em início da fase de floração.

Os técnicos comentam que de maneira geral o desenvolvimento vegetativo foi favorecido pelos dias de sol forte e frio intenso ocorridos na semana anterior. “Porém, esta fase do desenvolvimento se encontra aquém do ideal para a época, em função da baixa umidade no solo na maioria das regiões.”

Eles relatam que “as lavouras implantadas em julho apresentam, de forma nítida, germinação desuniforme devido à falta de chuva após o plantio. Tal fato traz risco iminente de maturação desuniforme, com redução na qualidade final do produto, situação essa não superada pela baixa precipitação em alguns locais”.

Os levantamentos de campo dão conta que onde as chuvas ocorreram em volumes maiores, houve a retomada da aplicação de adubos nitrogenados em cobertura, porém com resultado apenas parcial no aproveitamento dos nutrientes em função da pouca umidade presente no solo.

Alerta

Em lavouras localizadas em áreas topográficas mais altas, a germinação tem ocorrido de forma bastante irregular, sendo que em algumas situações há relatos de morte de plantas devido ao já prolongado período com chuvas bem abaixo da média para esta época, o que pode levar os produtores a acionar no seguro rural (Proagro).

Eles calculam que seriam necessárias chuvas de no mínimo 40 mm para melhorar o desenvolvimento e crescimento vegetativo. “Assim, a produtividade das lavouras de trigo desta safra, em alguns casos, tende a reduzir em relação à expectativa inicial. Todavia é prematuro estabelecer um percentual preciso, tendo em vista o atual estágio da cultura e o quanto ainda está por vir por conta das condições meteorológicas.”

Em relação à comercialização, os técnicos comentam que os poucos negócios com trigo só ocorrem na troca por insumos para uso nas lavouras de verão. O preço médio subiu 0,5% nesta semana para R$ 32,26 a saca de 60 quilos. Em relação ao mês passado a alta foi de 2,67% e na comparação com o mesmo período do ano passado houve queda de 23,8%. O preço está 12,6% abaixo da média dos últimos cinco anos para o mês de julho.

Fonte: Revista Globo Rural
Créditos da Imagem: Jorge Andrés Paparoni/CCommon)