O PIB do Rio Grande do Sul cresceu 4,0% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao quarto trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal, segundo dados do Departamento de Economia e Estatística (DEE/Seplag-RS). Com o resultado, o nível do PIB já se encontra 2,2% acima do patamar pré-pandemia (4º trimestre de 2019). Entre os setores de atividade, houve forte crescimento da Agropecuária (+35,7%) e da Indústria (+3,8%), enquanto o setor de Serviços (+0,4%) apresentou avanço moderado. No Brasil, a alta entre foi de 1,2% na mesma base de comparação.

Em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando a economia já sentia os efeitos da pandemia e da estiagem, o PIB gaúcho registrou avanço de 5,5%, acima da taxa nacional de 1,0%. O avanço expressivo da Agropecuária (+42,2%) é em grande parte explicado pela fraca base de comparação, decorrente dos efeitos da estiagem em 2020. O crescimento da produção de Soja (+74,0%) foi o principal responsável pelo desempenho do setor. Na Indústria (+10,5%), a principal responsável pelo desempenho positivo foi a Indústria de transformação (+15,3%). O setor de Máquinas e equipamentos, influenciado pela safra gaúcha, foi o que mais cresceu, 55,9%, seguido pelos segmentos de Produtos de metal (+33,8%) e Borracha e plástico (+19,3%). Entre aqueles que apresentaram queda, estão Veículos automotores (-5,2%), Produtos derivados do petróleo (-6,7%) e Produtos alimentícios (-1,3%). As atividades de Serviços (-2,4%) foram influenciadas pelos segmentos de Outros serviços (- 5,9%) e do Comércio (-2,0%), enquanto os Serviços de informação (+2,9%), as Atividades imobiliárias (+1,8%) e Intermediação financeira e seguros (+1,6%) impediram uma queda mais forte.

Os resultados do primeiro trimestre no RS foram melhores que os verificados no Brasil, tanto na comparação com o quarto trimestre de 2020 quanto frente ao primeiro trimestre de 2020. No entanto, na comparação acumulada em quatro trimestres, o PIB do RS caiu 4,9%, enquanto a economia brasileira caiu menos, 3,8%. Nessa base, os três grandes setores seguem com resultado negativo: Agropecuária (-16,3%), Indústria (-2,1%) e Serviços (-5,1%).

Fonte: FIERGS