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PIB do agronegócio deve crescer entre 2,5% e 3% em 2016
07/12/2016
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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deverá crescer entre 2,5 e 3 por cento em 2016, depois de um início de ano turbulento, estimou nesta terça-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo a entidade, esse indicador, que mede a geração de riquezas em todas as cadeias do setor agropecuário, desde a produção de insumos até as indústrias de alimentos, passando pela produção nas fazendas, apresenta um resultado expressivo tendo em vista a recessão econômica que o país enfrenta desde 2015.
A CNA estima que o agronegócio ganhou participação na economia do Brasil, passando para 23 por cento do PIB nacional, ante 21,5 por cento em 2015 e 21,4 por cento em 2014. Um ano atrás, a confederação chegou a projetar que a fatia do agronegócio no PIB brasileiro em 2015 seria de 23 por cento, mas o número acabou sendo revisado.
Segundo a CNA, o crescimento do PIB do agronegócio teve forte contribuição do açúcar, que registrou crescimento na safra nacional em combinação com uma escalada de preços internacionais, e do complexo soja, que continuou liderando a pauta de exportações brasileira, apesar de um leve recuo na produção e no faturamento com vendas no exterior.
Apesar de resultados relativamente positivos, a tendência para 2017 é que de muitos setores do agronegócio dependam do desempenho econômico do país para crescer.
"A gente pode voltar a ter um bom crescimento no consumo de aves e suínos, só que para isso, vai ter que melhorar a renda da população", disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi.
A CNA não divulgou previsão para o crescimento do PIB do agronegócio em 2017.
O presidente da confederação, João Martins, destacou a importância da estabilidade política e econômica do Brasil.
"Nós acreditamos e queremos acreditar no governo Temer porque precisamos acreditar no governo Temer. Nada pior para o agro do que essa desarrumação política que possa vir a acontecer caso o governo Temer não dê certo", disse o executivo, em encontro com jornalistas em Brasília.
Fonte: Reuters