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Peste suína se alastra pela Ásia e setor de frangos vê crescimento forte no Brasil
03/10/2019
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Estima-se que a peste suína africana tenha dizimado entre 35% e 40% do plantel de suínos na China, um dos países mais atingidos pelo vírus. Além da China, há relatos de que a doença tenha chegado em regiões da Rússia, do Timor Leste, da Coréia do Sul, das Filipinas, do Vietnã, da Romênia e da Hungria, aonde a doença atingiu javalis.
Apesar da doença não ser um risco para os seres humanos, o abate dos animais tem trazido grandes impactos econômicos, já que a China é o maior produtor / consumidor de carne suína do mundo. Para Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o abate dos animais na China representa 49% da produção global de carne suína. Dessa forma, nem com toda a capacidade de exportação de outros países produtores será possível atender a demanda pela carne.
Segundo Turra, isso fará com que o país asiático procure com mais frequência outras fontes de proteína animal, o que deve beneficiar o Brasil. O presidente da ABPA acredita que o atual momento é uma oportunidade para o setor crescer e estima que as exportações de carne suína brasileira devam aumentar de 670 mil toneladas para 750 mil toneladas. Já para o setor de frango, o aumento nas exportações deve ser de 4 milhões de toneladas para 4,3 milhões de toneladas.
A produção maior de carnes fará com que a demanda interna por grãos aumente, já que eles são utilizados nas rações para os animais. Para Turra, isso dará mais estabilidade nos preços, principalmente para o milho, já que haverá disputa entre o consumo interno e a demanda externa.
Fonte: Notícias Agrícolas
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV