Após intensa retração na primeira metade do ano, o Produto Interno Bruto das economias centrais apresentou forte recuperação no 3º trimestre.

Na Europa, o PIB cresceu 12,6% ante o 2º trimestre do ano, puxado pelos resultados de França (+18,7%), Itália (+16,1%), Reino Unido (+15,5%) e Alemanha (+8,5%), colocando as economias cada vez mais próximas dos níveis pré-pandemia. Contudo, o ressurgimento de alta dos casos de Covid-19 trouxe pessimismo ao panorama de crescimento europeu para o 4º trimestre. Apesar disso, a nova onda tem se apresentado menos letal e disruptiva e, somando isso à previsão de vacinação em alguns países já em dezembro, tudo indica que a crise da pandemia deve terminar em 2021.

Na Ásia, a retomada se descola dos demais continentes. As economias asiáticas vêm apresentando crescimento mais vigoroso, muito em virtude do protagonismo chinês e do controle da pandemia. No 3º trimestre, o PIB da China cresceu 2,7%, após aumento expressivo de 11,7% ante o 1º trimestre do ano, acumulando até agora crescimento de 3,2% em relação a 2019. Impulsionados por uma maior abertura da economia, os países asiáticos já experimentam a normalização do mercado de trabalho e um aumento dos índices de consumo, o que refletiu nos bons resultados de Japão (+5,0%) e Coréia do Sul (+1,9).

Os Estados Unidos, por sua vez, cresceram 7,4% no 3º trimestre, sendo esse o maior valor desde a década de 1940 (+33,1% na variação trimestral anualizada). Apesar disso, a economia americana segue reprimida. Os dados de desemprego seguem 6,6% piores do que os níveis pré-crise, enquanto 21,5 milhões de pessoas ainda dependem do seguro desemprego. Adicionalmente, a evolução da pandemia tem reduzido os índices de mobilidade em diversas cidades, o que deverá impactar o consumo e emprego nos próximos meses. Assim, olhando à frente, o cenário americano dependerá muito do desdobramento dos pacotes fiscais adotados e da recuperação do mercado de trabalho.

Fonte: FIERGS