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Perda na safra de grãos do Rio Grande do Sul passa de 38%
08/04/2022

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Perda na safra de grãos do Rio Grande do Sul passa de 38%

O Rio Grande do Sul segue como o estado brasileiro mais atingido pela estiagem na safra de grãos 2021/2022, segundo o 7º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira. A perda estimada na produção total de grãos da safra gaúcha de verão subiu para 38,5%. O volume projetado para a colheita é de 20,6 milhões de toneladas, contra os 21,4 milhões de toneladas que haviam sido previstos no levantamento publicado em março. Na safra de verão passada, o Estado colheu 33,5 milhões de toneladas. Os dados foram coletados na última semana de março.

Com o avanço da colheita da soja, o índice de quebra na cultura no Estado chegou, no 7º Levantamento, a 50,8%, com produção projetada em 10,2 milhões de toneladas, contra 11,2 milhões de toneladas do levantamento anterior e 20,7 milhões toneladas da safra 2020/2021. Os números da soja, entretanto, ainda não estão consolidados, lembra o superintendente da Conab no RS, Carlos Roberto Bestetti, pois falta colher a soja plantada mais tarde, que pode ter algum ganho, dependendo do clima. “Houve também um pequeno incremento na produtividade do arroz, que ficou em 7,68 toneladas por hectare, 2,86% a mais que no último levantamento”, diz. Segundo o superintendente, essa ligeira melhora no arroz se deveu ao aumento das chuvas no último mês e à recuperação parcial dos mananciais de irrigação.

Na comparação com a estimativa inicial da Conab, de 288,6 milhões de toneladas, a perda total de grãos na produção brasileira no ciclo 2021/2022 é, no momento, de 6,7%. Contudo, o volume de 269,3 milhões de toneladas projetado neste mês é 5,4% maior que o da safra anterior. O presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, avalia que a mudança no clima ainda pode influir no resultado final. “Aproxima-se a conclusão da semeadura da segunda safra brasileira. As chuvas foram mais regulares, o que permitiu o plantio em boas condições de umidade. O produtor fez sua parte. Agora vamos esperar pelo clima”, pondera Ribeiro.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV