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Paraná se prepara para retirar vacina
29/01/2019
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Com data marcada para deixar de vacinar o rebanho contra a febre aftosa, o Paraná faz os últimos ajustes necessários. Isso inclui a ampliação do quadro de auditores fiscais e de agentes para as barreiras fixas.
A orientação para que sejam contratados mais 18 médicos veterinários e 50 técnicos veio do Ministério da Agricultura, após duas auditorias realizadas naquele Estado. Isso tudo para seguir à risca a proposta de deixar de imunizar os animais já a partir do segundo semestre deste ano.
- As duas auditorias apontaram pequenas deficiências sanáveis- afirma Norberto Ortigara, secretário de Agricultura do PR.
A preparação para buscar o status de livre da doença sem vacinação veio bem antes e exigiu investimentos públicos e parcerias com a iniciativa privada, que aportou R$ 3 milhões no fortalecimento da estrutura da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
A estrutura, criada em 2011, é para Ortigara, o primeiro passo dado rumo ao objetivo de evolução do status sanitário. Seguida de contratação de pessoal.
Hoje, são 690 servidores, de agrônomos a técnicos de laboratório. Há ainda 230 escritórios municipais atendidos por servidores locais. Propriedades 100% georreferenciadas, vigilância ativa - com 33 postos fixos nas divisas com Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul - e vigilância passiva são outras ferramentas implementadas.
- A vacina é um método bruto de controle. Por conta dela, estamos alijados de 65% do mercado mundial de carne suína, por exemplo. A sociedade paranaense como um todo fez um esforço e estamos nos sentindo seguros - garante Ortigara.
A mobilização, no entanto, não significa que a decisão de antecipar o cronograma do ministério para retirada da vacina seja unanimidade. A resistência vem principalmente de produtores de gado de corte, que terão o fluxo com Estados vizinhos afetado.
A decisão tomada pelo Paraná também criou pressão sobre o Rio Grande do Sul para que adote medida semelhante. Auditoria já foi solicitada à pasta da Agricultura e deve ocorrer no primeiro trimestre deste ano.
Fonte: Zero Hora