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Outubro tem queda de quase 10% na exportação de carne de frango
12/11/2020
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O Brasil enviou 319,7 mil toneladas de carne de frango para o mercado internacional em outubro, 9,4% menor em relação às 353 mil toneladas exportadas no mesmo mês de 2019, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A receita atingida com as exportações no mês passado alcançou 446,8 milhões de dólares, número 21,2% inferior ao valor atingido no décimo mês de 2019, 567 milhões de dólares. O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse que a retração de quase 10% verificada em outubro não se configura no padrão de normalidade para o período e atribui como umas das causas à perda de mercados como a Filipinas e o México.
Os filipinos suspenderam a importação há dois meses, acompanhando a decisão da China no episódio que ocorreu em agosto, quando teria sido constatada a presença do novo coronavírus na embalagem de um produto oriundo de um frigorífico brasileiro. “A situação foi resolvida, a China já retomou os embarques, inclusive da planta que vendeu o produto”, explicou. Já o Brasil está sem vender para o México desde janeiro deste ano devido à tarifa de importação exigida pelo país, que oscila entre 60% e 70%. “Não compensa”, completa.Em outubro, a Arábia Saudita foi o principal destaque, com 44,9 mil toneladas embarcadas no período, 22% acima da quantidade embarcada no décimo mês de 2019.
Já as exportações brasileiras de carne de frango somaram 3,498 milhões de toneladas nos dez primeiros meses de 2020 , volume acima do embarcado no mesmo período do ano anterior, que foi 3,490 milhões de toneladas, Em receita, as vendas do setor totalizaram 5,066 bilhões de dólares, 13% a menos que os dez primeiros meses de 2019, com 5,820 bilhões de dólares. A China se consolida como principal importador da carne brasileira em 2020, comprando 564 mil toneladas entre janeiro e outubro deste ano, 24% acima da quantidade adquirida no mesmo ciclo de 2019.
O dirigente faz um balanço dos primeiros meses e entende que, em um ano de pandemia, o Brasil permanecer com patamares de exportação próximos aos de 2019 e ainda aumentar em 5% o abastecimento do mercado interno é uma vitória. “Os Emirados Árabes diminuíram o volume importado devido ao fechamento de restaurantes e à paralisação do turismo, o que causou reflexos para o Brasil”, explica.
Santin comentou que teve reunião com representantes da Europa já que a segunda onda de Covid-19 está se instalando no continente. Segundo o gestor, alguns países vão diminuir o volume de compra, mas outros vão mantê-lo, o que o dirigente considera uma boa notícia para o Brasil.
Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: TARSILA PEREIRA/CP MEMÓRIA