Governo federal suspendeu exportações de frango preventivamente a países como China, da União Europeia e Argentina

Ainda que seja uma medida preventiva e provisória, a autossuspensão da exportação de frango pelo Brasil a países como China, da União Europeia e Argentina acende outro alerta, além do sanitário. É o econômico.

No pior cenário, ou seja, caso a suspensão dure um mês, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) estimam uma queda de 15% nas exportações. Em números, representa um impacto de 60 mil toneladas nas 430 mil toneladas que foram embarcadas mensalmente da proteína pelo Brasil no primeiro semestre do ano.

Considerando apenas o Rio Grande do Sul, o impacto projetado também deve girar em torno de 15% sobre 60 mil toneladas embarcadas por mês.

No entanto, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, lembra que "nem tudo está perdido":

— O Brasil e o Rio Grande do Sul podem exportar para outros países que não estão com as vendas embargadas. Ou mesmo redirecionar (parte d)o volume para o mercado interno.

— Cabe reiterar que este é um cenário extremo e não é o que se espera em relação ao comportamento dos mercados. Já há indicativos de potenciais retomadas no curtíssimo prazo, graças ao célere e transparente trabalho de esclarecimento por parte das autoridades técnicas e de negociação dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores — acrescentou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil, atrás do Paraná e de Santa Catarina.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: ABPA / Divulgação