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O recado que a indústria gaúcha de aves manda aos candidatos
02/08/2022

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O recado que a indústria gaúcha de aves manda aos candidatos

Enquanto convenções partidárias confirmam os postulantes ao Piratini, Associação Gaúcha de Avicultura elabora documento apontando os desafios do segmento

Enquanto convenções partidárias confirmam os postulantes ao Piratini, Associação Gaúcha de Avicultura elabora documento apontando os desafios do segmento

Para não deixar passar em branco o momento oportuno, em que partidos definem os nomes para a disputa do Piratini, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) elaborou uma carta aberta aos postulantes das eleições de 2022 — e que inclui candidatos à Assembleia e ao Congresso. No documento, que terá versão entregue por entidades também de Santa Catarina e Paraná, é reforçada a relevância da atividade à economia e pontuados os temas considerados essenciais para o fomento do segmento. São cinco itens, que vão da infraestrutura ao sistema de inspeção das empresas.

— São temas que estão no nosso dia a dia, principalmente em momentos de crise, de dificuldade extrema. Fomos nos pontos mais chaves, que o programa de governo tem de incluir — justifica José Eduardo dos Santos, presidente-executivo da Aasgav.

O primeiro deles refere-se à necessidade de investir em projetos ferroviários e rodoviários que facilitem o abastecimento de grãos do Estado. Sem ser autossuficiente na produção de milho e acumulando três safras seguidas com perdas em razão da estiagem, o Rio Grande do Sul pagou um custo elevado para atender à demanda da indústria de proteína animal. A necessidade de compra externa (seja de outros Estados ou países) jogou luzes sobre a logística, razão pela qual se fala em melhorar as condições desses dois modais. Só neste ano, será preciso buscar fora 3,8 milhões de toneladas.

Também consta na relação, a disponibilização de linhas de crédito para reservar água, gerar energia solar e produzir biogás nas propriedades. Além de buscar mais regularidade à produção gaúcha de verão, esses investimentos a serem feitos pelo produtor (em energia) ajudam a diluir custos.

O terceiro ponto menciona o orçamento estadual, com a solicitação de que haja previsão para despesas relacionadas aos serviços oficiais de sanidade (animal e vegetal). A estrutura, nesse caso, busca assegurar a proteção de um diferencial de status que hoje é um diferencial competitivo do Brasil. O país nunca teve, por exemplo, casos de influenza aviária, problema que afeta outros rebanhos do mundo.

— Isso é vital, o contingenciamento está gritante. Se tiver problemas interligados à fragilidade do serviço, a dificuldade será maior — reforça Santos.

O quarto tema refere-se a infraestrutura: pede a ampliação da conectividade, da energia trifásica e da rede de biogás no campo. Por fim, menciona o projeto de lei 1.293/21, em tramitação, e que trata sobre o chamado autocontrole da inspeção de produtos de origem animal (esse um assunto que é alvo de polêmica, tanto na esfera estadual quanto na nacional).

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV