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O que vem depois da comunicação do Brasil do fim do foco de Newcastle
26/07/2024

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Conclusão do registro promete acelerar a retomada de mercados ainda com bloqueios à carne de frango

Uma entrevista do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura antecipou o anúncio oficial de que o Brasil comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o encerramento do foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. Carlos Goulart falou sobre o assunto ao Estadão, trazendo a boa notícia com a justificativa de que todas “as informações técnicas indicam a conclusão”.

Uma reunião marcada para esta sexta-feira (26) trará o detalhamento dos próximos passos na chamada região de restrição, que se mantém em um raio de até 10 quilomêtros do aviário comercial onde houve o registro em Anta Gorda.

O serviço veterinário do Estado foi informado no final da tarde desta quinta da comunicação à OMSA do encerramento, que é obrigatória, assim como a notificação do caso. A conclusão promete acelerar a retomada dos mercados ainda com restrições aos embarques, o que inclui a China, maior comprador da carne de frango brasileira. Não é, no entanto, uma ação automática. Como há acordos sanitários bilaterais, é preciso negociar com os países de forma individual.

Bloqueios com alcance reduzido

Antes da informação sobre a conclusão da ocorrência, o Ministério da Agricultura já havia reduzido o alcance da emergência sanitária e da autossuspensão das exportações à zona de restrição, que abrange Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado.

— Sinalizou para o mercado a volta do status de exportador, com algumas restições totais e parciais ainda. Demonstra que o caso ficou isolado no aviário em que foi detectado — disse José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura.

A entidade, parte da Organização Avícola do RS, havia solicitado a revisão dos bloqueios às exportações para todo o Estado, como publicou a coluna. Entre as restrições que persistem, está a da China, às exportações de frango de todo o Brasil.

— Ainda não temos um prognóstico de quando retoma, mas esse foi um caso isolado, e agimos de forma transparente — avalia Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Julia Chagas / Seapi,Divulgação