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O que muda com a suspeita de gripe aviária na Estação Ecológica do Taim
29/05/2023

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Reserva foi interditada após 36 aves terem sido encontradas mortas no local

— O que muda é que aumenta o nível de cuidados daqueles que já estão tendo cuidado — resume o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, sobre a suspeita investigada no Rio Grande do Sul.

A frase do dirigente reflete um trabalho preventivo existente no país antes mesmo do primeiro caso ser confirmado. E que foi sendo reforçando à medida que o vírus, uma realidade global há anos, chegou aos vizinhos Argentina e Uruguai. As ações incluem, no Rio Grande do Sul, a vigilância ativa, com drones sendo usados em locais por onde passam aves migratórias, como é a Estação Ecológica do Taim.

Essa não é a primeira suspeita que é investigada pela Secretaria Estadual de Agricultura — outras cinco foram submetidas à análise laboratorial e deram negativo. O que faz desse um alerta maior é o contexto: neste momento, o Brasil tem casos confirmados de influenza aviária (no ES e no RJ) — todos em animais silvestres, importante frisar. A quantidade de animais encontrada morta também reforça a hipótese de uma doença viral, mas depende do exame laboratorial para que se possa afirmar o que é.

— Trabalhamos com risco em grau elevado justamente para intensificar as ações de biosseguridade. Nossa recomendação continua sendo atenção máxima nas propriedades, para garantir a saúde das aves comerciais — reforça José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

O fato de os registros no Brasil serem em aves silvestres também mantém o status sanitário — e o fluxo comercial — inalterado para a carne de frango produzida no Brasil frente à Organização Mundial de Saúde Animal. Santin lembra que o Ministério da Agricultura analisou mais de 4o mil amostras, o que dá uma média de 1,7 suspeitas investigadas por dia.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e tem nos três Estados do Sul os maiores produtores e exportadores. Juntos, respondem por quase 80% das exportações. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador entre os Estados. O alerta que vem dessa e de qualquer outra suspeita é o de que todo o cuidado é pouco.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Seapi / Divulgação