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O passaporte que abre portas para a carne de frango do Brasil
17/05/2022

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O passaporte que abre portas para a carne de frango do Brasil

A notícia de que o México suspenderá, por um ano, a tarifa de importação de frango poderia ser mais uma entre tantas oportunidades que o Brasil tem obtido mundo afora. Mas não é. Há um patrimônio implícito nessa e em outras conquistas recentes: a sanidade. É a "blindagem" que o país mantém a duas das maiores dores de cabeça da atualidade, a influenza aviária e a peste suína africana. Ambas causam um grande impacto à produção de aves e de suínos, respectivamente.

Por se manter distante delas e, ao mesmo tempo, ter a estrutura de um grande exportador global, o Brasil ganha acesso diferenciado em relação a seus concorrentes.

- Temos de continuar nesse caminho e investir cada vez mais nos procedimentos de biosseguridade e defesa sanitária. A sanidade é hoje nosso passaporte para mais de 160 países - frisa José Eduardo dos Santos, presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

A medida anunciada pelos mexicanos retrata isso. Produtor de frango (no ano passado, foram 3,72 milhões de toneladas, segundo a União Nacional de Avicultores), o México também precisa importar a proteína para dar conta da demanda interna - em 2021, foram 355,76 mil toneladas. E, assim como os Estados Unidos, importante fornecedor, tem sido afetado pela influenza aviária.

- O Brasil tem complementado a demanda mexicana por carne de frango, colaborando com a indústria local, como em outras oportunidades. Nesse contexto, é esperado que nosso país possa aumentar os volumes para esse destino - completa Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A isenção temporária da tarifa de importação do México vale para qualquer país com acordo sanitário e plantas habilitadas. Com as credenciais que tem, no entanto, incluindo a de maior exportador mundial, o Brasil tende a ganhar a preferência. Entre janeiro e abril deste ano, o México importou 58,5 mil toneladas de frango do Brasil, alta de 128,6% sobre o mesmo período do ano passado.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: ABPA/Divulgação