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O frango vivo em março e no primeiro trimestre de 2017
03/04/2017
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Como se previa, também para o frango vivo o “Ano Novo” começou só em março. Não de imediato, é verdade, pois nas duas primeiras semanas do mês mercado e preços permaneceram estáveis. Mas no final da segunda semana - quando, teoricamente, a melhor fase de vendas do mês começava a ficar para trás - a demanda passou a dar sinais de reativação. Faltando pouco para a virada da quinzena, ocorreu uma alta de cinco centavos que – supunha-se então – seria apenas a primeira do mês.
Foi então que aconteceu (dia 17, uma sexta-feira) a desastrosa divulgação da Operação Carne Fraca. A partir daí o que se viu foi o caos. E, no lugar das esperadas altas, ocorreram sucessivas quedas de preço (mais de 9% de redução em apenas uma semana). Com isso, em vez de alcançar um dos melhores preços do ano, o frango vivo comercializado no interior paulista encerrou o mês de março com a pior cotação de 2017 – R$2,50/kg, o mesmo baixo valor que havia sido registrado entre o final de janeiro e os primeiros dias de fevereiro.
De toda forma, o bom desempenho das três primeiras semanas evitou que o preço médio do mês recuasse no mesmo nível. Ao contrário, ele ficou 2,26% acima do que foi registrado em fevereiro, situando-se em R$2,69/kg. Mas foi quase 4% menor do que o registrado em março de 2016.
Em termos trimestrais o valor médio alcançado – R$2,66/kg – correspondeu a uma queda de quase 3% sobre idêntico período de 2016.
O fato de o setor encerrar os três primeiros meses do ano com resultados negativos em relação ao ano passado adquire menos importância na medida em que os custos de produção também vêm retrocedendo. Preocupante, sim, é a paralisação que o mercado enfrenta desde a divulgação da operação da Polícia Federal e que tende a prosseguir abril adentro.
Abril, aliás, é mês de poucas expectativas. Os feriados do período fazem dele o mês mais curto do ano, com apenas 18 dias úteis. E isso tende a se refletir nas exportações, pois serão cinco dias úteis a menos que em março.
Internamente, são os feriadões que tendem a afetar o consumo, ainda que o fim da Quaresma e a comemoração da Páscoa possam trazer algum aumento de demanda. Mas, normalmente, os feriados alongados têm resultado em baixo consumo. E, desta vez, são três – um atrás do outro: Páscoa, Tiradentes e Dia do Trabalho.
Fonte: AviSite - Redação
Créditos da Imagem: AviSite