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Novos mercados e rastreabilidade pautam debate na 46ª Expointer
01/09/2023

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Painel reuniu especialistas para tratar da expansão de negócios para as cadeias produtivas da proteína e da bovinocultura

Representantes do setor da proteína animal e da pecuária de corte afirmaram que a manutenção da sanidade e a rastreabilidade do rebanho gaúcho serão fundamentais para conquistar mais espaço na União Europeia e abrir portas em mercados como Coreia do Sul, Chile, República Dominicana e Índia — que está na casa dos 1,428 bilhão de habitantes. Nesta quinta-feira (31), no auditório do Estande do Governo do Estado, o assunto foi debatido no Painel Prospecção de Mercado e Rastreabilidade, promovido pela Secretaria da Agricultura e mediado pelo chefe da divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff.

“Hoje, temos uma situação sanitária invejável. Tudo o que poderia gerar embargos, como peste suína e influenza aviária, estão momentaneamente resolvidos. Todos os indicadores demonstram que é possível gerar excedentes e seguir a busca por novos mercados”, assinalou Groff, ressaltando a importância de os estados da região Sul estabelecerem estratégias para alavancar a produtividade.

Presidente do Sindicato das Indústrias dos Produtos Suínos (Sips), José Roberto Goulart afirmou que o ingresso em novos países faz com que o Estado, o Brasil e as empresas cresçam. “Para atingirmos o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, levamos 21 anos. Houve um trabalho forte da Secretaria da Agricultura, do Ministério da Agricultura e o apoio do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa)”, enfatizou. Segundo ele, o RS faz um excelente trabalho de controle e tem sido um cartão de visita para muitas missões internacionais — como a da China, que desembarca no Estado em setembro. Há grande potencial de exportação de carne com osso e miúdos, o que injetaria cerca de 100 milhões de dólares na economia.

Na avaliação do presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o RS exporta para mais de 150 países e se manterá competitivo ampliando rotas de exportação. “Nada seria possível se não tivesse uma base bem estruturada com pilares estratégicos: sanidade, trabalho com questões logísticas e suprimentos para vencer as consequências das estiagens. Os desafios são muitos. União, interatividade, conhecimento e a pró-atividade do Fundesa foram essenciais para seguirmos avançando”, completou, ressaltando o caminho para gerar ainda mais credibilidade ao setor.

“O Brasil é um grande player, confiável e atendeu a todos os mercados na pandemia, especialmente países que estavam em condições mais vulneráveis. Segundo ele, o país tem uma grande oferta para exportação e capacidade de produção. A carne é produzida em escala, tem qualidade e produção segura”, sintetizou o gerente executivo de Novos Negócios no Brasil da JBS, Márcio Rodrigues. Já o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, José Fernando Bello, afirmou que a rastreabilidade será um grande desafio para seguir exportando para a União Europeia - um dos maiores compradores do segmento.

“Diariamente somos desafiados e, cada um, fazendo a sua parte — governo, entidades e iniciativa privada —, conseguimos construir muito. Sabemos a responsabilidade e a expectativa dos governos nos serviços veterinários oficiais”, concluiu a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares.

Fonte: Assessoria de Comunicação Expointer
Créditos da Imagem: Eliane Iensen/Ascom Expointer