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Novo foco de gripe aviária no RS é mais perto de regiões de produção e reforça que não se pode "baixar a guarda"
12/02/2024

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Caso foi confirmado em animais conhecidos como maçarico, no município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo

Há um componente novo no foco de influenza confirmado no município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo. O vírus segue longe das granjas comerciais – foi detectado em aves silvestres, conhecidas como maçarico –, mas se aproximou, em relação aos focos anteriores, de zonas importantes de produção, como o Vale do Taquari e a Serra. E faz o serviço oficial e as indústrias reforçarem o alerta para a importância das medidas de prevenção.

– Quando se detecta esse caso agora mais para “dentro” do Estado, a gente reforça o alerta, intensifica os cuidados com a biosseguridade, que é a nossa proteção máxima. Temos de ser ágeis, manter a aguarda alta e continuar com toda a comunicação – salienta José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) sinaliza que ampliará a campanha para produtores chamando a atenção para que se redobrem os cuidados no retorno às propriedades após o período de férias e deslocamentos ao litoral.

– É um caso igual aos outros, mas fizemos uma nota para chamar a atenção de todo mundo, de que não se pode baixar a guarda – acrescenta Ricardo Santin, presidente da ABPA, sobre comunicado emitido pela entidade em parceria com a Asgav e a Organização Avícola do RS.

A Secretaria Estadual de Agricultura também ampliou as ações no entorno do local em que foram encontrados os maçaricos que testaram positivo à doença.

– Visitaremos 100% das propriedades em um raio de até 10 quilômetros, para verificar se há animais com algum sinal ou não e para sensibilizar os produtores a fazerem a notificação em casos de suspeita – explica Francisco Lopes, diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal.

São cerca de 300 propriedades em um raio de cinco quilômetros e mais 470 em um raio 10 quilômetros do foco confirmado. Além disso, em um raio de 25 km, visitarão granjas para reforçar orientações. O local onde houve o caso foi revisitado duas vezes após a notificação.

Esse é o sexto foco de gripe aviária no RS, registrado em aves silvestres e mamíferos aquáticos. E não altera o status sanitário brasileiro. A Asgav e a ABPA também lembram que não há risco para os produtos e para o consumidor, tratando-se a enfermidade de situação específica das aves.

Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária do município, do Whatsapp (51) 98445-2033 ou do e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.

Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência (fundo de quintal):

  • Reforço das medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas.
  • Revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões.
  • Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre.
  • Desinfecção de veículos na entrada e saída (atenção para a correta diluição, conforme recomendação na bula).
  • Trocar roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva.
  • Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas.
  • Criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre.
  • Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de alta mortalidade (maior ou igual a 10% em 72 horas) ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios.

Orientações à população

  • Não manipular nem recolher aves mortas ou moribundas.
  • Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas.
  • Comunicar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial sobre a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.

Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura