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No 1º bimestre, exportações de carne de frango para o Oriente Médio recuaram em relação ao ano anterior
14/03/2025
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Embora os resultados de apenas dois meses sejam insuficientes para identificar uma tendência, é interessante notar que no 1º bimestre de 2025 as exportações brasileiras de carne de frango destinadas, na Ásia, ao Oriente Médio, recuaram perto de 3%. Foi o único caso nos cinco continentes, mas tende a se manter no decorrer do ano, dada a busca pela autossuficiência de alguns países árabes hoje importadores. Tanto que empresas exportadoras brasileiras já vêm se instalando na região.
A queda no Oriente Médio, de toda forma, foi neutralizada pelos demais importadores asiáticos (aqui inclusa a China), cujo volume importado aumentou quase 5%. Foi o suficiente para garantir que o volume destinado à Ásia aumentasse perto de 1% no bimestre.
Porém, o que mais chama a atenção é o aumento de, praticamente, 265% nas importações da América do Norte. Efeito mexicano, essencialmente, cujas importações neste ano aumentaram mais de 350% em relação ao mesmo bimestre de 2024, enquanto o aumento nas importações canadenses não chegou a 10%. Isto, antes do “efeito Trump”. Ou seja: a tendência é de aumentos futuros ainda mais significativos.
Abrindo parêntese: nos dados do MDIC constam, também, exportações de carne de frango do Brasil para os EUA. Mas tudo indica que sejam as chamadas “exportações diplomáticas”, para atendimento de órgãos públicos brasileiros instalados naquele país. No bimestre, o volume exportado para os EUA superou ligeiramente as 80 toneladas, ficando quase 25% abaixo do registrado nos mesmos dois meses do ano passado – 107 toneladas.)
Analisados também os índices de aumento na receita cambial, observa-se que a maioria deles é superior aos registrados no volume, resultado que confirma a valorização no preço médio dos itens exportados.
As únicas exceções são observadas na América do Norte (incremento de receita de 260,20%, quase 5 pontos percentuais aquém do incremento de 264,99% no volume) e na Oceania (aumento de 118,10% no volume e de 112,37% na receita).
Notar, a propósito, que embora o volume destinado ao Oriente Médio tenha recuado 2,83%, a receita cambial dele decorrente aumentou 8,78%.
Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite