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Milho realiza lucros e fecha 4ª feira em campo negativo em Chicago
08/12/2016

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O pregão desta quarta-feira (7) foi negativo aos preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com quedas entre 0,25 e 2,25 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,50 por bushel, enquanto o março/17 encerrou o dia a US$ 3,58 por bushel. Já o maio/17 era cotado a US$ 3,65 por bushel.

De acordo com informações da agência Reuters internacional, o mercado de milho exibiu um movimento de realização de lucros após os ganhos registrados recentemente. No início dessa semana, as cotações do cereal voltaram a exibir altas expressivas com notícias vindas do lado da demanda e também a participação dos fundos de investimentos no mercado.

Ainda conforme dados da agência, os produtores americanos aproveitaram para vender após o contrato março/17 ter tocado o patamar de US$ 3,64 por bushel, nível mais alto das últimas quatro semanas. Por outro lado, o andamento da safra da América do Sul também continua sendo observado pelos investidores.

"A secura na Argentina ainda é uma preocupação, mas as excelentes condições no Brasil podem atenuar o impulso de alta aos preços do cereal", disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola a Commonwealth Bank of Australia, em entrevista à Reuters internacional.

Os analistas ainda reforçam que, os fundamentos já são conhecidos e não há, nesse instante, novas informações que possam alavancar os preços. A demanda tem se mantido firme, porém, a grande safra americana e mundial ainda é um fator de pressão nos preços. Na próxima sexta-feira (9), o USDA traz novo boletim de oferta e demanda mundial.

Mercado brasileiro

Nesta quarta-feira (7), os preços do milho praticados mantiveram a estabilidade observada nos últimos dias. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 4,35% em Sorriso (MT), com a saca do cereal a R$ 22,00. Já na região de Campinas (SP), o recuo foi de 1,31%, com a saca a R$ 37,60.

Em contrapartida, a saca voltou a subir no Porto de Paranaguá, cerca de 2,94%, e a saca fechou o dia a R$ 35,00. Em Assis (SP), a alta foi de 3,46%, com a saca a R$ 29,31. No Oeste da Bahia, a saca também apresentou ligeira alta, de 2,56%, com a saca a R$ 40,00. Na localidade de São Gabriel do Oeste (MS), a saca encerrou o dia a R$ 28,50 e alta de 1,79%.

As cotações seguem com ligeiras movimentações e o mercado pressionado negativamente, conforme destacam os analistas. Isso porque, as exportações brasileiras do cereal recuaram e as importações ainda ocorrem. Além disso, a safra de verão caminha bem, o que eleva o sentimento de tranquilidade em relação à oferta. Na primeira safra, a perspectiva é que sejam colhidas em torno de 30 milhões de toneladas do cereal.

Enquanto isso, na bolsa brasileira, as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta quarta-feira do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity recuaram entre 0,26% e 0,93%. O janeiro/17 era cotado a R$ 38,65 a saca, enquanto o março/17 trabalhava a R$ 38,30 a saca. O maio/17 finalizou o dia a R$ 36,75 a saca.

Além da queda no mercado internacional, o recuo registrado no dólar também acabou pressionando as cotações do cereal. A moeda norte-americana fechou a sessão a R$ 3,4041 na venda, com perda de 0,37%. Segundo a Reuters, os investidores preferiram a cautela antes dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidirem sobre o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado.

"O mercado está muito especulativo, volátil. Poucos dias atrás, o dólar estava em 3,38 reais, logo depois, encostou em 3,45 reais. Qualquer evento novo, o humor vira", comentou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa, em entrevista à agência Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas