Ontem, quarta-feira (07), chegou ao final com pequenas valorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram ganhos entre 1,50 e 2,50 pontos.

O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 4,06 com alta de 2,50 pontos, o dezembro/19 valeu US$ 4,14 com elevação de 1,50 pontos, o março/20 foi negociado por US$ 4,23 com ganhos de 1,75 pontos e o maio/19 teve valor de US$ 4,28 com alta de 2,25 pontos.

Esses índices representam valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (06), de 0,50% para o setembro/19, de 0,49% para o dezembro/19, de 0,24% para o março/20 e de 0,47% para o maio/20.

Segundo informações da Agência Reuters, o retorno da chuva no Cinturão do Milho nesta semana pesou sobre os preços, com alguns modelos climáticos mostrando a umidade necessária para o desenvolvimento das lavouras. Mas as previsões eram inconsistentes sobre o quanto a precipitação cairia na semana seguinte.

“Todo mundo sabe que há um grande problema no que diz respeito ao clima, que as safras estão indo para trás e estão bem abaixo do rendimento da linha de tendência”, disse Charlie Sernatinger, diretor global de futuros de grãos da ED & F Man Capital.

Outro fator que contribuiu para as altas desta quarta-feira, conforme apontado pelo site Barchart, foi o relatório semanal da EIA que indicou que a produção de etanol para a semana que terminou em 2 de agosto ficou, em média, em 1,04 milhão de barris por dia. Esse foi um salto de 9.000 bpd, mas bem abaixo da mesma semana em 2018.

Além disso, os estoques de etanol mostraram acréscimo no registro da semana de 1.351 milhões de barris, para 23.117 milhões de barris naquela data.

Mercado interno

No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as desvalorizações foram percebidas apenas no Oeste da Bahia (0,83% e preço de R$ 30,00)

Já as valorizações apareceram nas praças de Dourados/MS (1,69% e preço de R$ 30,00), São Gabriel do Oeste/MS (1,92% e preço de R$ 26,50) e Campinas/SP (2,64% e preço de R$ 38,42).

A XP Investimentos apontou que o mercado físico do milho segue com pouco fluxo, de olho no mercado externo e na movimentação nos portos. “Desde o início da semana, os preços voltaram a trabalhar em ambiente firme, dada alta significativa do dólar. A guerra comercial entre EUA e China retoma a grande volatilidade dos preços em Chicago, embora a tendência não esteja definida. O que de fato acontece é a elevação das pedidas por parte dos vendedores de milho diferido, uma vez que a oferta de milho tributado também encurtou”.

A Radar Investimentos indica que a colheita da safrinha de milho caminha para a reta final, enquanto a cautela em relação ao dólar e a situação das safra americanas aumentou.

Fonte: Notícias Agrícolas
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV