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Mercado interno da soja apresenta semana positiva
14/11/2016
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No interior do Brasil os negócios no mercado da soja fluíram melhor, principalmente no estados da região Centro-Oeste ainda como relata Ênio Fernades. "No interior de Goiás saíram negócios, em Sorriso, no Mato Grosso. Os produtores aproveitaram os bons momentos e foram às vendas, fechando algumas posições. Em Goiás, por exemplo, os preços ficaram entre R$ 73,00 e R$ 74,00 por saca", diz, referindo-se aos negócios com a safra nova.
E um balanço semanal aponta ainda que, entre a maior parte das principais praças de comercialização, a soja disponível também subiu e fechou a semana com ganhos acumulados variando entre 0,77% e 5,11% e referências de R$ 68,00 - como em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso - a até impressionantes R$ 79,00 por saca, como aconteceu em Ponta Grossa, no Paraná. Algumas exceções, porém, foram observadas. Praças como Assis/SP e Rio Verde/GO fecharam em queda.
Fernandes explica, portanto, que serão os rallies do dólar, além, é claro das movimentações em Chicago, que irão dar andamento ao mercado da soja no Brasil. E se essa movimentação da moeda americana é uma tendência, ainda é cedo para dizer e assim, seu comportamento deverá continuar a ser acompanhado com muita atenção.
Afinal, há o novo fator no mercado financeiro da imprevisibilidade com a chegada de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos em uma eleição definida no início desta semana e mais as intervenções do Banco Central brasileiro diante dessas variações mais abruptas da divisa.
"Daqui para frente, não temos como evitar a utilização da palavra imprevisibilidade. Na hipótese do caos nas relações comerciais dos EUA com o mundo, a alta do câmbio seria anulada pela queda nos preços internacionais e do consumo. Não vejo muita vantagem em segurar as vendas. Na hipótese de que a confusão seja observada apenas no Brasil, com a cassação do mandato do presidente Temer (outro rumor muito forte desta semana), aí há espaço para novas altas no câmbio e vantagens em segurar o produto físico em seus armazéns. E na hipótese de que estejamos diante apenas de uma bolha especulativa do câmbio e dos preços lá fora, a questão central seria adivinhar quando aconteceria o estouro e a reversão", analisa o consultor de mercado Flávio França Junior, da França Junior Consultoria.
Fonte: Notícias Agrícolas - Carla Mendes