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Liquidez global traz otimismo para 2021
07/12/2020
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Em novembro, os mercados continuaram respondendo positivamente ao desdobramento das eleições americanas, mas a nova onda de casos de Covid-19 na Europa e risco de lockdown nos Estados Unidos trouxe pessimismo ao panorama de crescimento global para o quarto trimestre. Ainda assim, se por um lado espera-se que as medidas de confinamento acompanhem resultados ruins para o próximo trimestre, ao mesmo tempo há expectativa de que mais pacotes de estímulos sejam adotados.
De janeiro à novembro, o Balanço Patrimonial conjunto dos principais Bancos Centrais foi expandido em US$ 7,5 Trilhões, em decorrência das medidas de estímulo monetário no enfretamento da crise. Em termos de comparação, na crise de 2008 foram emitidos apenas US$ 2,5 Trilhões entre dez/2007 e dez/2008.
Conforme o gráfico ao lado nos mostra, o Federal Reserve (Fed) é responsável por quase a metade da quantidade de moeda emitida (US$ 3,0 Trilhões) em 2020, valor que corresponde aproximadamente a 22% de todos os Dólares já emitidos nos 200 anos de história da moeda. Essa quantia é o resultado da política monetária altamente acomodativa adotada em 2020, visando o suporte à liquidez da economia, operando através da compra de ativos maturados dos bancos privados, o que consequentemente aumenta a oferta de crédito, mantém os juros americanos de longo prazo a um baixo nível e impulsiona o crescimento econômico.
Colocando tudo isso na conta, espera-se que um cenário global benigno para ativos de risco deve se materializar em 2021. Num contexto de juros baixos e menos incerteza, essa bonança de liquidez fará com que o excesso seja aplicado em mercados com retorno elevado e risco moderado quando comparado às economias Avançadas, favorecendo Emergentes.
Fonte: FIERGS