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Japão, 2º principal destino da carne de frango brasileira em 2025, tende a retomar importações em 2026
03/10/2025
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Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que a produção de carne de frango do Japão tende a apresentar crescimento modesto tanto em 2025 como em 2026. E só consegue atender cerca de 60% do consumo interno. Assim, perto de 40% da demanda local continua sendo suprida pelas importações.
Embora registre evolução também moderada (afinal, a taxa de crescimento anual da população japonesa tem sido negativa), essa demanda – revela o USDA – está representada sobretudo por produtos de frango processados e pré-preparados. Mas a escassez de mão de obra e a redução na força de trabalho dificultam o processamento interno, o que cria a expectativa de aumento da importação desses produtos nos próximos anos.
Mas a demanda por produtos mais elaborados já ocorre. A prova é que vêm aumentando as importações da Tailândia e da China, países que se destacam na fabricação de pratos à base de frango prontos para o consumo imediato. Juntos, neste ano (janeiro a agosto), responderam por 62% das pouco mais de 726 mil toneladas de carne de frango importadas, a Tailândia sendo responsável por quase a metade (45%) desse volume.
O Brasil – que neste ano tem o Japão como o 3º maior importador de sua carne de frango – respondeu por, aproximadamente, 37% das importações japonesas, índice 10% menor que o registrado nos mesmos oito meses de 2024. Efeito, naturalmente, do embargo imposto ao produto brasileiro após o caso de IAAP na avicultura comercial.
Mas antes que isso ocorresse as exportações para o Japão já vinham recuando. Porque, em essência, o país entrou em 2025 com elevado estoque inicial de carne de frango (quase 11% a mais que em 2024), fato que deve ser corrigido em 2026 (estoque inicial deve recuar 3% em relação a 2025).
Por ora, as exportações de carne de frango do Brasil para o Japão estão concentradas nos cortes de frango. Entre janeiro e agosto responderam por mais de 96% do volume registrado no período, enquanto o volume de pós-processados mal passou de meio por cento do total. Pouco mais de 3% estiveram representados pelo frango inteiro.
Fonte: AviSite.
Créditos de imagem: Banco de imagens ASGAV.