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Indústria quer dobrar recursos do Moderfrota
09/08/2016

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09.08.01

Em meio a alguns sinais de recuperação, o setor de máquinas agrícolas acredita que os recursos previstos atualmente para o Moderfrota, principal linha de crédito utilizada pelos produtores rurais para a aquisição de equipamentos, deve ser suficiente apenas até janeiro de 2017. A reivindicação das indústrias do ramo é que o montante passe de R$ 5,050 bilhões para R$ 10 bilhões no Plano Safra 2016/2017. O tema foi discutido durante o 15˚ Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), ontem, em São Paulo. Segundo o vice-presidente da Abag, Francisco Matturro, os “sinais de recuperação” são observados principalmente pelo volume de vendas de máquinas, que começa a apresentar reação após uma sequência de quedas. Um dos fatores que possibilitaram esse cenário, conforme o dirigente, foi a confirmação pelo governo interino de que o Plano Safra lançado em maio, pela então presidente Dilma Rousseff, seria executado. Para Matturro, a Expointer, no final deste mês, “pode ser um sinal positivo” nesta retomada do setor, embora não acredite que haja uma definição sobre incremento de recursos do Moderfrota até o início da exposição. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse, durante o evento, que o governo tem a intenção de ampliar o volume de recursos disponíveis, mas trabalha com a possibilidade de aumentar o montante para R$ 7,5 bilhões. No entanto, a confirmação irá depender de uma observação do comportamento do mercado. “A decisão sairá de 30 a 60 dias antes de terminar o recurso”, explicou. De acordo com Geller, o custo para o tesouro não seria tão elevado quanto no período em que as taxas de juros - que hoje estão em 8,5% a 9,5% - eram de até 4,5%. MILHO. O governo federal trabalha para agilizar a liberação da entrada de milho geneticamente modificado importado dos Estados Unidos, medida reivindicada pelos setores de aves e suínos como forma de garantir o abastecimento do grão frente à escassez observada desde a última safra. A medida precisa ser aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Como a próxima reunião do órgão ocorre apenas no dia 1º de setembro, a ideia é que seja realizada uma reunião extraordinária. “Não tem perigo para a saúde humana, mas não é uma decisão só de governo”, justificou Geller. CONGRESSO. O Congresso Brasileiro do Agronegócio reuniu representantes de diversos estados com o objetivo de discutir o tema Liderança e Protagonismo. O cenário político foi o assunto mais citado nos debates. Segundo o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o processo de impeachment impacta na tomada de decisões do setor. “Nada que é provisório estimula o investimento”, afirmou.

 

Fonte: Correio do Povo