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Indústria gaúcha mantém ritmo intenso no início do último trimestre
11/12/2020

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Indústria gaúcha mantém ritmo intenso no início do último trimestre

A Sondagem industrial do RS de outubro, divulgada pela FIERGS, mostrou que a atividade industrial continua aquecida, com aumentos da produção e do emprego e quedas na ociosidade e nos estoques. As expectativas dos empresários caíram pelo segundo mês seguido, mas seguem bastante positivas.

A produção industrial gaúcha cresceu pelo quinto mês consecutivo em outubro, enquanto o emprego, pelo quarto. Os respectivos índices alcançaram 61,2 e 57,8 pontos, bem acima dos 50, que indicam crescimento ante o mês anterior. Os valores também ficaram bem acima da média histórica do mês (de 54,1 e 49,4 pontos, respectivamente), indicando um desempenho bem superior ao sugerido pela sazonalidade.

Outro resultado que confirma a aceleração da indústria em outubro foi o da utilização da capacidade instalada-UCI, que subiu de 74,0% em setembro para 77,0% em outubro. Foi a sexta alta seguida desde o piso histórico de 49,0% em abril de 2020. Além disso, é o segundo maior patamar, superado apenas em agosto de 2011 (78,0%), sendo também muito superior à média histórica do mês: 72,5%. O índice de UCI em relação ao usual, que utiliza o critério de pontos, também cresceu pelo sexto mês seguido em outubro, alcançando 55,2 pontos, o maior valor desde março de 2010 (56,1).

Aqui, valores acima de 50 indicam que os empresários consideram a UCI acima do normal para o mês.

Os estoques de produtos finais continuaram caindo além do esperado pelas empresas em outubro, sugerindo que a produção não conseguiu acompanhar o aumento das vendas. No mês, o índice de estoques em relação ao planejado atingiu 42,9 pontos. Abaixo dos 50 pontos, indicam estoques abaixo do planejado pelas empresas. A necessidade de repor estoques é um fator positivo para a produção industrial futura.

Com exceção das exportações, cujo índice cresceu 0,6 ponto em novembro ante outubro, para 55,7 pontos, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses recuaram, mas seguiram bem acima dos 50 pontos: demanda (-1,2 ponto, para 62,5), compras de matérias-primas (-1,3 ponto, para 61,6) e emprego (-1,3 ponto, para 56,0). Valores acima de 50 indicam expectativa de crescimento, quanto maior mais disseminado o otimismo entre as empresas.

Por fim, o índice de intenção de investir para os próximos seis meses, após sete altas seguidas, atingiu 60,8 pontos em novembro, 2,7 acima de outubro. Quanto maior o índice, maior é a propensão de investir das empresas, que não é tão grande desde março de 2014 (62,4 pontos).

Fonte: FIERGS