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Indústria de carnes a postos para chamada extra da China
16/12/2019
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Depois do crescimento registrado em 2019 e com a perspectiva de manutenção da demanda chinesa em 2020, a indústria brasileira de carnes está em prontidão. Embora neste momento não haja sinalização de novas habilitações para exportação ao país asiático, empresas se preparam para ter condições de atender o chamado, quando vier. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, explica que mais de 50 frigoríficos, entre aves e suínos, têm direcionado esforços para isso:
– Tem uma série de plantas respondendo questionários, que são parte da preparação para receber eventual visita de inspeção chinesa. Precisam demonstrar primeiro que têm condições de cumprir os requisitos da China.
Hoje, a lista de habilitadas no país tem 46 unidades de aves e 16 de suínos. E esse apetite dos asiáticos também terá efeito positivo nas exportações gaúchas – somando as duas proteínas, o Estado tem 15 frigoríficos aptos a vender para a China. Até novembro, o volume total embarcado pelo Rio Grande do Sul cresceu 29% na carne de frango e 18% na de suíno.
– No caso das aves, há recuperação das exportações, que caíram em 2018, efeito do embargo imposto pela União Europeia a 20 unidades – explica José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Há expectativa de que a retomada do mercado europeu por essas empresas se concretize no próximo ano. Além disso, a ABPA aguarda a abertura de novas cotas do mercado mexicano. Somados à demanda chinesa, esses fatores embasam a projeção otimista de crescimento.
– O efeito da última leva de habilitações da China ainda não está aparecendo nos números. Além disso, eles aumentarão o mix de produtos. E temos o mercado interno, que voltará a consumir mais. O Brasil sairá da recessão – pondera Santin.
Neste momento, a alta procura por frango e suíno para as festas de final de ano sustenta a valorização desses produtos. Os dirigentes reforçam que deverá haver acomodação em 2020, mas não nos patamares antigos.
E para garantir espaço à mesa do brasileiro, as duas entidades preparam campanhas para destacar qualidades (e também preços mais acessíveis, em relação aos cortes bovinos) das proteínas.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV