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GT da proteína animal inicia trabalhos nesta quinta-feira na Capital
15/06/2023

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Reunião entre governo estadual e entidades representativas do setor produtivo ocorrerá 50 dias após pedido de socorro feito ao governador Eduardo Leite

A primeira reunião do grupo de trabalho (GT) que deve formular medidas emergenciais para o setor de proteína animal será nesta quinta-feira (15/06), às 15h30min, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), em Porto Alegre. O encontro ocorrerá 50 dias após reunião em que representantes de diferentes entidades do setor produtivo pediram socorro ao governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, para tentar solucionar problemas que afetam produção leiteira, de aves e suínos.

A Sedec será a responsável pela coordenação dos trabalhos. Conforme o Sedec, o objetivo inicial na primeira reunião, que será conduzida pelo secretário Ernani Polo, será apresentar formalmente os representantes das entidades e dos órgãos governamentais e iniciar o debate para implementação de ações, como a possibilidade de rever o Fator de Ajuste de Fruição (FAF), principal reivindicação do setor lácteo.

O FAF é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-prima e insumos dentro ou fora do Rio Grande do Sul. Conforme o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), cerca de 60% do leite produzido pelos gaúchos é vendido em outros estados. Segundo a entidade, o FAF prejudica a indústria local nos principais mercados nacionais, pois o setor depende de fornecedores de fora do RS, em embalagens cartonadas e insumos. De acordo com o sindicato, a penalização do setor no cálculo do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024.

O setor de proteína animal se reuniu com Eduardo Leite e secretários em 24 de abril. Na ocasião, o governador recebeu ofício do setor de lácteos indicando as dificuldades e apresentando sugestões de medidas emergenciais. A lentidão do governo preocupa o setor. O Estado demorou mais de 40 dias apenas para expedir convites para que as entidades indicassem representantes para o GT e estipulou prazo de vigência de 180 dias para o grupo de trabalho, tido como exagerado, considerando que as cadeias produtivas pedem socorro imediato que lhes dê fôlego para resistir à perda de competitividade.

O GT é composto por integrantes de três comissões da Assembleia Legislativa (Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo; Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo; e Saúde e Meio Ambiente) e pela Frente Parlamentar de Agropecuária Gaúcha. Do setor privado, participarão Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Associação de Criadores de Suínos (Acsurs), Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul (SIPS), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil), Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), e Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs).

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV