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Granjas comerciais em raio de até 25 km do novo foco de gripe aviária no RS são visitadas
14/02/2024
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Trabalho de orientação é feito em razão do caso confirmado em animal conhecido como maçarico em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo
Cem por cento das propriedades que ficam em um raio de até 10 quilômetros de onde foi confirmado o novo foco de influenza aviária no Rio Grande do Sul receberão a visita de fiscais agropecuários nos próximos dias. A tarefa deles será verificar se existem animais com sintomas compatíveis com o da doença e reforçar as orientações de prevenção.
Tudo isso para manter o vírus longe das granjas comerciais — a chegada poderia ter um impacto significativo sobre o setor de proteína animal. Francisco Lopes, diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal explica que as equipes já estão visitando locais onde há aviários, em um raio de até 25 quilômetros do registro confirmado no último domingo (11).
— O trabalho em cada propriedade no raio de até 10 quilômetros inicia a partir de amanhã (15), com a aglomeração das equipes em Rio Pardo, alinhamento de informações para as efetivas ações de campo a partir de quinta-feira — explica Lopes.
São cerca de 300 propriedades em um raio de até cinco quilômetros de distância e mais 470 em até 10 quilômetros. As ações adotadas fazem parte do plano de contingenciamento do Ministério da Agricultura — que determina atuação em um raio mínimo em um raio de até três quilômetros, mas que pode ser alterado conforme análise do Serviço Veterinário Oficial.
Todo esse reforço à prevenção é para manter a influenza aviária de alta patogenicidade longe da produção comercial de frango. Os seis focos confirmados no RS desde maio do ano passado foram em animais silvestres e mamíferos aquáticos, o que mantém inalterado o status sanitário do Brasil em relação à doença. O caso mais recente redobra o alerta por ser uma região até então sem registros e mais próxima de importantes polos de produção comercial, como o Vale do Taquari e a Serra.
— Tivemos no ano passado a entrada do vírus no Brasil, que testou o que já vínhamos adotando, que eram os dispositivos de biosseguridade. A partir do momento que o vírus entrou, ele circula no país. Daí cabe a nós, da avicultura comercial, da indústria, da produção, da técnica encarar com seriedade esses dispositivos de biosseguridade, que serão nossa proteção máxima — pondera José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Em nota conjunta com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a entidade lembra que "não há qualquer risco aos produtos e ao consumidor, tratando-se a enfermidade de uma situação específica das aves".
— É a demonstração de uma nova realidade, aprendendo a conviver com a presença desse vírus em aves silvestres. Precisamos ter biosseguriade elevada para evitar que chegue à produção comercial — reforça Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal reforça também a importância da agilidade na notificação às autoridades sanitárias em casos de suspeita:
— Chegamos neste foco graças a uma notificação rápida.
Os cuidados
Entre os cuidados a serem reforçados estão: para produtores de granjas comerciais, medidas de biossegurança como cercamento, controle do cloro da água, cuidados no ingresso e egresso de veículos, cuidar os locais visitados, antes de retornar à propriedade, após uma saída, fazer higiene completa de roupas e sapatos. No caso de criadores de animais de subsistência, tentar mantê-los encerrados.
A ABPA deve lançar novas peças de campanha focando justamente nos cuidados necessários após o período de férias, quando muitas pessoas visitam o litoral.
A quem notificar
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária do município, do Whatsapp (51) 98445-2033 ou do e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Secretaria da Agricultura / Divulgação