As cotações para o frango vivo iniciaram a semana com estabilidade nas principais praças de comercialização nesta segunda-feira (25). O mercado tem trabalhado de forma lenta, devido ao período do mês em que o consumo é menor. Com isso, a referência de negócios em Minas Gerais segue em R$ 3,10/kg e em São Paulo a R$ 2,95/kg.

A Scot Consultoria aponta que os preços cederam 3,1% no atacado na última semana, após registrar altas com a demanda aquecida. Além disto, a indústria busca comprar apenas o necessário, para não acumularem estoques. “A expectativa para os próximos dias é de manutenção nos preços, visto a entrada da última semana do mês”, explica a consultoria.

Por outro lado, os atuais patamares de preços estão acima aos praticados há um, com valorização de 21,3% no atacado e 9,1% nas granjas paulistas. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) que o cenário positivo no atacado melhorou as margens dos produtores, repassando custos de produção para a carne.

O cenário ainda é de preocupação, visto que as cotações de milho e farelo de soja seguem em alta, mesmo com o período de colheita da safrinha. Para o analista da área da socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, aponta que os constantes aumentos dos insumos importantes para a ração continuam prejudicando avicultores.

“No Paraná, o preço do milho no atacado simplesmente duplicou nos últimos 12 meses. Em Santa Catarina, maior produtor de suínos, este mesmo insumo obteve um aumento de preço na ordem de 88,3%. Já para o farelo de soja, matéria-prima indispensável na formulação de rações para frangos de corte e suínos, o aumento no período analisado, foi de 37,52% no Paraná e de 38,11% em Santa Catarina", explica.

O Cepea aponta em seu levantamento que o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 2,4% no primeiro quadrimestre do ano. Apenas em maio, as cotações para o milho subiram 110% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Noticias Agrícolas