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Frango enfrenta desafios crescentes em outubro
26/10/2016

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Frango enfrenta desafios crescentes em outubro

A despeito da natural diferença de preços entre um e outro produto, dois meses atrás frango vivo e abatido apresentaram comportamento de mercado muito similar, ou seja, valorizaram-se no primeiro decêndio do mês, estabilizaram-se a seguir (o abatido por menos tempo) e recuaram na parte final (e mais crítica) do mês.

De toda forma, a ave viva chegou ao final de agosto registrando ganho de 5% em relação ao valor inicial do mês, enquanto o frango abatido, embora dando os primeiros sinais de recuperação, chegou a operar com preço inferior ao do início do período.

Tudo indica que foi a essa altura que os abatedouros se deram conta de que seria oportuno tentar trabalhar apenas com a produção própria. Pois foi nessa ocasião que o preço do frango vivo iniciou uma estabilidade que, ontem, completou 56 dias. Da mesma forma que foi nessa ocasião que o frango abatido iniciou uma escalada de preços que fez com que atingisse sua melhor cotação da história.

Sem dúvida, a estratégia havia dado certo. O que não impediu que, antes mesmo de encerrada a primeira quinzena, começasse o tradicional retrocesso dos preços, fazendo com que o mês terminasse exatamente como começou – com o mesmo preço médio. De qualquer maneira, em setembro o frango abatido obteve valorização de quase 7% sobre o mês de agosto, enquanto o vivo amargou redução próxima de 2%.

Esse, porém, é comportamento que não se repete em outubro corrente. Seja porque a oferta interna vem sendo reforçada com produto que, originalmente, seria destinado ao mercado externo (é sensível a queda das exportações) ou porque a retração do consumo vem se acentuando cada vez mais, a verdade é que o frango abatido vem registrando desempenho muito aquém do observado em setembro. Pior: vai fechar outubro valendo menos que no início do mês e (nominalmente) com o mesmo valor dos primeiros dias de agosto.

Fonte: Avisite

Créditos da Imagem: Avisite